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Consumidores comemoram redução que vai fazer a diferença na conta de energia

A redução no valor da tarifa está valendo já nesta quarta-feira, 7, e será para consumidores residenciais (- 2,63%) e consumidores cativos (- 3,56%)

Por Carol Menezes (SECOM)
07/08/2024 20h40

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última terça-feira, 6, a redução na tarifa de energia elétrica da concessionária Equatorial no Pará. A redução contou com ação importante do Governo do Pará que, desde 2023, vem cobrando o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência e o Congresso Nacional frente aos altos preços cobrados pelo serviço aos consumidores paraenses, que é um dos mais elevados do país, ao mesmo tempo em que o Pará é grande produtor de energia por meio de suas hidrelétricas.
 
Para o jornalista Matheus Freire, de 29 anos, a redução é uma surpresa, considerando que normalmente, enquanto consumidor, está sempre na expectativa de novos aumentos. "Na minha realidade, isso irá aliviar um pouco as minhas finanças. Espero que essa redução na tarifa de energia não afete a qualidade dos serviços. Vejo relatos de amigos que moram em outros estados e pagam por uma energia barata, sendo que a produção é toda daqui do nosso estado. Temos duas usinas hidrelétricas e pagamos por uma energia cara. Essa redução vai impactar de forma positiva. Não é porque vai ter a redução da tarifa que a gente tem que extrapolar no consumo, é preciso cautela para que, no fim do mês, não sejamos pegos de surpresa. Se a gente comemora a redução, a gente precisa também economizar", avalia ele, que afirma ter pago uma conta de mais de R$ 400 de energia elétrica, valor que ele credita ao calor que assolou Belém no mês de julho, estimulando o uso do ventilador ou do ar condicionado por mais tempo.

A redução tarifária será para consumidores residenciais (- 2,63%) e consumidores cativos (- 3,56%). A redução no valor da tarifa está valendo já nesta quarta-feira, 7. O governador do Pará, Helder Barbalho, esteve na sede da Agência em Brasília (DF) esta semana para confirmar a decisão e foi recebido por Sandoval Feitosa, diretor-geral da entidade reguladora, e Agnes da Costa, também diretora. À ocasião, o chefe do Executivo estadual enfatizou ainda que continuará as tratativas com a Aneel no sentido de garantir justiça tarifária ao Pará, lembrando que esta é uma questão há tempos priorizada pelo Governo do Estado - inclusive com reunião recente sobre o tema realizada em abril deste ano. 

"A redução da energia era algo que há muito tempo os paraenses aguardavam, e hoje é um dia que podemos comemorar ao mesmo tempo em que continuaremos lutando e trabalhando para reduzir o custo de vida e o custo da energia a todos os paraenses", garantiu Helder Barbalho, que agradeceu aos diretores pela acolhida da demanda.

Carlindo Lins é doutor em Engenharia Elétrica e consultor do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Pará, e avalia que apesar da redução, o Pará ainda é o Estado com a tarifa de energia elétrica mais cara do país.

"Essa redução, apesar de pequena, é um ganho para nós, porque quebra um ciclo de aumentos, de uma tarifa que não corresponde à renda per capita da população. Os cálculos que resultaram no percentual de redução da tarifa consideraram questões como a diminuição do custo de transporte da energia, pois fontes como energia solar e energia eólica são mais próximas dos centros de consumo e exigem menor custo de transporte. Mas são vários fatores que influenciam, em um cálculo bastante complexo", explana, lembrando que o Pará é o maior exportador energia elétrica para outros Estados: 72% do que produzimos vai para fora. "Defendemos que o cálculo da tarifa para o consumidor leve em conta, proporcionalmente, o que aquele Estado produz e exporta", reforça.

A historiadora Tânia Botelho lembra que o consumidor paraense historicamente paga muito mais caro pela energia elétrica. "Eu acho que a redução da tarifa de energia é uma coisa benéfica para a nossa região, que tanto contribui com a geração de energia. E a gente pagava uma taxa absurda, alta, e não poderia desfrutar dessa natureza que transforma energia. Agora, com o preço mais acessível, fica melhor para todos", comemora.