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Natea da Policlínica de Tucuruí orienta um retorno tranquilo às aulas de crianças com autismo

Depois das férias, pais e responsáveis devem conversar com as crianças e, gradualmente, voltar à rotina para evitar crises

Por Ascom (Ascom)
02/08/2024 18h41

A mudança de rotina em qualquer fase da vida é um desafio. Para as pessoas com autismo, as dificuldades podem ser ainda maiores, já que estão relacionadas ao processamento sensorial atípico, deixando-os ansiosos e desconfortáveis ao novo. Após um mês de férias escolares, o retorno à escola deve ser planejado e também conversado com esses estudantes. Os profissionais do Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro do Autismo (Natea), da Policlínica Lago de Tucuruí, no sudeste paraense, também orientam aos pais e responsáveis ter cautela para evitar crises.

A terapeuta ocupacional da unidade, Larissa Martins, explica que a criança com TEA precisa ter um dia a dia organizado. “Elas precisam ter uma rotina estruturada em lazer, descanso, atividades escolares, sono e estudo. Deve-se evitar ao máximo o uso de telas por mais de 1 hora por dia”, disse.
 
Para esse início de semestre, a principal recomendação aos pais e responsáveis é reorganizar, aos poucos, a rotina. “De preferência, montar um painel, com figuras ilustrativas para haver melhor compreensão por parte da criança através do lúdico”, observou Larissa Martins.
 
A terapeuta ocupacional também destaca que, para quem irá mudar de escola, é necessário a criança conhecer o espaço antes do início das aulas. Ela precisa saber do novo local, e conhecer os educadores que irão ficar com ela durante o semestre. É importante fazer um reconhecimento da sala de aula, da área livre, da cantina e de todos os espaços comuns.
 
Como receber as crianças?
 
A preparação precisa ser bilateral. Os educadores e profissionais das escolas também devem se preparar para receber esses alunos. “Tem de recebê-los de forma acolhedora, ao falar com a criança, tentar manter a mesma altura para não traspassar a ideia de autoridade e intimidação para que a criança, consequentemente, não crie aversão ao profissional”, defendeu Larissa Martins.
 
Em caso de crises na escola no retorno às aulas, a recomendação é que os professores e educadores conversem com o responsável, e optem em conhecer melhor a criança. “É necessário entender os antecedentes que podem causar uma crise, e depois, desenvolver estratégias de acordo com a demanda”, pontuou a terapeuta.
 
Inclusão - A coordenadora do Natea, Katya Barros, explica que a inclusão educacional se trata da prática mais recente no processo de universalização da educação. “E é assim que deveria ser. Não apenas mudar a estrutura física e adaptar o espaço, mas treinar a equipe sobre as deficiências, transtornos de desenvolvimento, saúde mental, etc. E desenvolver ações que visem a cooperação e uma aprendizagem colaborativa”, finalizou a neuropsicóloga.

Serviço: A Policlínica Lago de Tucuruí é referência em saúde para moradores dos 7 municípios da Região de Integração Lago de Tucuruí - Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí. O Núcleo oferece terapia, avaliação e triagem para pacientes com diagnóstico confirmado ou ainda em investigação do transtorno.

A unidade, gerenciada pelo Instituto Social da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, fica na Avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica, e o funcionamento é 100% gratuito, pelo SUS, por meio da Regulação Estadual.

Texto: Roberta Paraense