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Governo do Pará apoia Prêmio Amatra 8 de Direitos Humanos "Padre Bruno Sechi"

Edital da segunda edição da premiação foi lançado nesta sexta-feira, 2, em meio a uma solenidade realizada na sede do Movimento República de Emaús

Por Elck Oliveira (SEIRDH)
02/08/2024 16h41

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), apoia a segunda edição do Prêmio Amatra 8 de Direitos Humanos - Padre Bruno Sechi. Essa é a segunda edição da premiação e o edital foi lançado nesta sexta-feira, 2, em meio a uma solenidade realizada na sede do Movimento República de Emaús, localizada no bairro do Benguí, em Belém.

A entidade foi fundada pelo padre italiano Bruno Sechi, morto há quatro anos, e que dá nome à premiação. Os interessados poderão se inscrever entre os dias 5 de agosto e 22 de setembro, através de ficha de inscrição disponibilizada no site da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região (Amatra 8). O edital e o regulamento do prêmio também estão disponíveis no endereço eletrônico citado. 

O prêmio visa reconhecer projetos e/ou iniciativas desenvolvidos no Estado que se destaquem pela promoção e proteção aos direitos humanos nas relações de trabalho. É dividido em três categorias: promoção da diversidade no mundo do trabalho; combate ao trabalho escravo e erradicação do trabalho infantil.

Os vencedores de cada categoria levarão uma premiação de R$ 10 mil. As ações e os projetos inscritos deverão ter sido implementados no período de 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2023. O resultado será divulgado no dia 10 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos, ressaltou a importância da premiação. “Esse prêmio tem tudo para ficar na história dos movimentos sociais e do Estado do Pará. O padre Bruno Sechi é um nome significativo que traz muito orgulho para todos nós paraenses e para todos aqueles que lutam por uma sociedade melhor e pela cultura dos direitos humanos, da paz e da solidariedade. Na semana passada, foram divulgados dados da violência no Brasil e eles retratam o drama social de um país tão desigual. Mostram que as maiores vítimas de violência são exatamente quem deveria ser mais protegido, como a comunidade LGBT, mulheres pretas, povos tradicionais quilombolas, povos tradicionais de matriz africana, pessoas com deficiência, idosos, crianças e os jovens. Isso nos diz que a sociedade precisa mudar e o Governo do Estado está pronto para colaborar”, frisou. 

A presidente da Amatra 8, juíza Roberta Santos, fez questão de agradecer a todos os parceiros pela disponibilidade. “Agradecemos a todos os parceiros que abraçaram essa iniciativa junto com a gente, pois a nossa ideia é homenagear o padre Bruno Sechi e divulgar a importância das ações realizadas pela sociedade civil nessa temática. Contamos com todos na divulgação do prêmio, pois ele só vai crescer e permanecer existindo se nós conseguirmos fazer com que os movimentos sociais que estão trabalhando na defesa, promoção e proteção dos direitos humanos dentro das relações de trabalho apresentem as suas inscrições ao nosso edital”, declarou.

A defensora pública geral do Estado, Mônica Belém, também participou da cerimônia e ressaltou a importância da iniciativa. “A Defensoria Pública é, acima de tudo, uma instituição que promove e defende os direitos humanos. E é muito importante a gente estar nesse momento de lançamento de um edital para a sociedade civil poder participar, mostrar suas iniciativas de defesa dos direitos humanos, para que cada vez mais as instituições, conjuntamente, possam promover iniciativas nesse sentido”, observou. 

A coordenadora do Movimento República de Emaús, Georgina Negrão, lembrou a importância do padre Bruno Sechi para a defesa dos direitos humanos no Estado do Pará, especialmente das crianças e adolescentes. “Padre Bruno conseguiu fazer com que muitas pessoas, centenas de pessoas pudessem se sensibilizar e perceber que a luta por seres humanos é necessária e urgente. Ele lutou para difundir a ideia de que todos e todas podem e são responsáveis por essa luta, por fazer com que os direitos humanos sempre sejam o motivo das nossas ações. E as crianças, adolescentes e jovens do Movimento de Emaús sempre estiveram envolvidos nesse processo, tanto que hoje nós temos muitos sócios que também foram crianças acolhidas nesse atendimento”, destacou.