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ALUNO REPÓRTER

Projeto é finalista na fase nacional do Prêmio Itaú-Unicef

Por Redação - Agência PA (SECOM)
28/10/2017 00h00

A conquista, na categoria Pequeno Porte da 12ª edição do  Prêmio Regional Itaú Unicef 2017, pelo Projeto Aluno Repórter, da Escola Estadual de Ensino Médio do Rocha, no município de Bragança (região nordeste), foi comemorada por gestores, professores e estudantes, que participaram da cerimônia realizada na sexta-feira (27), no hotel Grand Mercure, em Belém.

Promovido pela coordenação da Fundação Itaú Social e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), esta fase do prêmio reuniu 12 projetos da Regional Belém, que envolve todos os Estados da Região Norte e Goiás (GO). Participaram da fase regional quatro projetos do Pará, três deles desenvolvidos em parceria com escolas públicas estaduais.

Além do Aluno Repórter, da Escola do Rocha, realizado em parceria com a Fundação Educadora de Bragança, concorreram na grande final regional o Projeto Orquestra Violão Cristão, desenvolvido em parceria pela Escola Estadual de Ensino Médio Joaquim Viana, em Ananindeua, com a Associação Cenáculo Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Anceps), e o Projeto Construindo Bairros de Leitores, uma parceria da Escola Estadual Barão de Igarapé-Miri, no Bairro do Guamá, em Belém, com o Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

Pela passagem para a fase regional, os projetos e as escolas receberão R$ 10 mil, cada um. Mais R$ 20 mil, para cada um, serão entregues ao “Aluno Repórter” pela classificação à fase nacional, marcada para o próximo dia 17. Os finalistas vão disputar o prêmio de R$ 100 mil, para cada um, escola e projeto, totalizando R$ 200 mil em premiação. Na escola, o dinheiro será entregue ao Conselho Escolar.

Ações socioeducativas - O prêmio é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef, que tem como  objetivo identificar, reconhecer, dar visibilidade e estimular parcerias entre Organizações da Sociedade Civil e escolas públicas, na execução de ações socioeducativas que contribuam para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes brasileiros em condições de vulnerabilidade social.

Um dos coordenadores do Projeto Aluno Repórter, o radialista e professor Carlos Roberto Amorim, que ensina Língua Portuguesa da rede pública estadual de ensino, informa que a atividade envolve 150 estudantes matriculados no Mundiar, que oferece no contraturno escolar atividades de produção de texto, desde a elaboração da pauta, produção e entrevistas, desenvolvendo o protagonismo dos estudantes. “Incentivamos o sentimento de pertencimento à escola com excelentes resultados, pois o aluno do Mundiar repetiu o ano ou havia abandonado os estudos”, acresentou o professor.

O material produzido pelo “Aluno Repórter” é veiculado  pela Fundação Educadora de Comunicação de Bragança, que disponibiliza sua estrutura de rádio e TV em favor das ações que mobilizam os alunos da rede pública estadual e municipal de ensino.
Também coordenam o projeto os professores, Socorro Braga de Língua Portuguesa e Diego Fernandes, de Matemática.

Acelerar a aprendizagem - Mundiar é um projeto desenvolvido pela Seduc em parceria com a Fundação Roberto Marinho, visando acelerar a aprendizagem, compatibilizando a idade do aluno com o ano de estudo. A aluna Elzilene Socorro de Assis, 26 anos, havia abandonado os estudos há cerca de 10 anos. Aluna do Mundiar, ela está integrada ao Projeto Aluno Repórter, e garante que o aprendizado será fundamental para o curso de Direito, para o qual tentará uma vaga no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). “Na profissão que escolhi tem muita oratória. Com o projeto, não terei dificuldades em me expressar no momento que for defender meus clientes”, adiantou.

Esta é a segunda vez que o “Aluno Repórter”, desenvolvido com estudantes da rede pública de Bragança, vai à final do Prêmio Itaú-Unicef. A primeira foi em 2015. O projeto tem o apoio da Fundação Educadora de Comunicação, e consiste em uma proposta socioeducativa, pedagógica interdisciplinar, inclusiva e profissionalizante, voltada a alunos da rede pública de ensino que utilizam as mais diversas tecnologias de Informação e comunicação para a produção do conhecimento, com destaque para o rádio e a televisão.

Camila Feldberg, coordenadora de Fomento da Fundação Itaú, frisou a importância de três dos 12 projetos finalistas na etapa regional terem origem na rede estadual. “Revela o compromisso que as escolas têm, em um estado com dimensões continentais, de firmar parcerias com instituições que garantem atividades ao estudante no contraturno, atendendo  ao desafio de ampliar o número de alunos atendidos em tempo integral, os tornando sujeitos da escola”, disse a coordenadora.

Para chegar à final da premiação, os projetos desenvolvidos pelas três escolas paraenses concorreram com outros 1.650 projetos de todo o Brasil. Agora, o “Aluno Repórter” está entre os 32 que irão para a final nacional.