Seap promove a doação de bloquetes de concreto para Escola Técnica em Castanhal

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciou a entrega, nesta quinta-feira (25), de 10 mil bloquetes sextavados de concreto para a Escola Estadual de Ensino Técnico de Nível Médio e Artes São Lucas, em Castanhal, município do nordeste estadual. A doação é uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), responsável pela manutenção da unidade escolar.

O material produzido na fábrica de artefatos de concreto da Seap, na Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto de Santa Izabel (URRS Santa Izabel), será utilizado na construção da área de estacionamento da Escola de Artes São Lucas, um benefício para a comunidade escolar.

A Escola São Lucas oferece o Ensino Médio completo e na forma de cursos integrados de Música; Teatro; Artes Visuais; Dança; Controle Ambiental e Desenvolvimento de Sistemas. Além disso, o estabelecimento de ensino possui turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA). 

O coordenador de educação da Sectet, Fernando Queiroz, comentou que a doação contribui para qualificar o ambiente escolar. Ele disse que, no período de chuvas, a área do estacionamento da escola costuma alagar, e com a obra, o problema será amenizado.

“Hoje, a rede Sectet aqui em Castanhal tem 700 alunos. Aqui nessa Escola São Lucas tem 40 professores e 15 operadores administrativos. E com a doação dos bloquetes, isto vai trazer qualidade no trabalho, dessa forma a Seap cumpre essa missão, juntamente com a Sectet nessa parceria, trazendo um benefício para a escola, para aqueles que dela dependem e para a própria educação. Essa é a principal missão dessa doação dos insumos, de suma importância para o desenvolvimento da escola e mais do que isso, para a melhoria da qualidade de vida daqueles que aqui dependem da Escola São Lucas”, disse Fernando Queiroz.

Eleonor Almeida, diretor da escola São Lucas felicitou a ação da Seap e Sectet. “Vai melhorar muito, porque aqui nós temos enchentes constantes, durante o inverno. Então, esses bloquetes vão ajudar a sanar esse problema aqui dentro. A água vai para um canal mais facilmente”, afirmou.

O diretor também aproveitou para agradecer às duas secretarias. "Esses bloquetes, além de deixar o estacionamento bonito para que nossos alunos, para os pais deles, servirá para que a comunidade possa se beneficiar, então vai beneficiar toda a escola, com certeza, na sua qualidade e deixa a escola mais padronizada para uma educação de qualidade. Sem dúvida nenhuma, essa parceria é de fundamental importância. Nós agradecemos profundamente”, concluiu Eleonor Almeida.

Fábrica 

Raimundo Gomes, coordenador de trabalho e produção da URRS Santa Izabel, contou que a fábrica de blocos, atualmente existente no Complexo Penitenciário de Santa Isabel, tem capacidade para trabalhar com 100 custodiados. A produção diária e a capacidade é para até 7 mil blocos. “Então nós temos hoje uma estrutura muito boa para a produção de artefatos de concreto, onde vai contribuir significativamente não somente para as melhorias das instalações da Seap, mas dos parceiros que já temos o liste firmado e os futuros que aderir a essa parceria”, garante o coordenador de trabalho.

Gomes também ressaltou que a parceria entre a Sectet e a Seap, além de contribuir aqui para a Escola São Lucas, também ajuda no trabalho de ressocialização dos internos.

“Esses blocos não vão somente ajudar na melhoria das instalações da escola, que está precisando de fato, mas também esses blocos foram feitos pelos PPLs, dentro do sistema prisional, onde eles aprenderam e se tornaram produtores desses blocos, aprenderam todo um cronograma de produção dos blocos. E a ressocialização em si acontece quando eles estão aprendendo, passaram pelo curso técnico de produção de artefatos de concreto e agora estão produzindo os blocos”, afirmou Raimundo Gomes.

A afirmação de Raimundo Gomes se comprova na fala do interno da Seap, Marciliel Dias, de 37 anos, há sete meses trabalhando na fábrica de artefatos de concreto. Marciliel disse que estava feliz ao saber que o resultado de seu trabalho e dos demais colegas iria beneficiar os alunos de uma escola pública.

“Primeiramente, eu fico muito feliz por ter conseguido entrar nesse projeto porque pra mim é uma mudança de vida muito grande, as oportunidades que estamos tendo de poder trabalhar. E fiquei mais feliz ainda quando soube que está sendo uma doação, para uma escola de crianças, de poder saber que estou contribuindo para que crianças possam estudar e ter um futuro brilhante lá na frente, assim como essa oportunidade está chegando pra mim agora, já adulto, eu creio que a oportunidade chegue desde criança pra elas e não precisem passar pelo que passamos aqui”, concluiu Marciliel.

Texto de Márcio Sousa / Ascom Seap