No Cetea, pais aprendem atividades pedagógicas divertidas às férias dos filhos assistidos

As férias escolares estão perto do fim e para aqueles que não irão viajar neste período de descanso dos estudos, o psicólogo Greg Cardoso, do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), que é gerenciado pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, pontua as atividades lúdicas e pedagógicas para os pais deixarem as férias divertidas às crianças que irão contribuir para o retorno às aulas no segundo semestre. 

“É um mês muito importante de recreação e de descanso para crianças e adolescentes, mas também, o fim do mês é um momento oportuno para se trabalhar a aquisição e manutenção de habilidades. Por isso, é importante que os pais/responsáveis criem atividades que possam desenvolver aspectos tanto cognitivos, quanto de criatividade, e habilidades atitudinais que possam desenvolvê-los para o cotidiano”. 

O terapeuta ensina que atividades de pintura e a de “stop”, que é aquela em que realiza perguntas relacionadas a uma letra, no sentido de qual é o animal que começa com a letra “B”, por exemplo, são momentos de criatividade e de aquisição de habilidades, além de desenvolver vínculo com o adulto. “O objetivo é que essas habilidades possam se desenvolver e aquelas adquiridas, possam se manter. É um aprendizado espontâneo sem estar dentro da sala de aula”.

Inclusão – O profissional aconselha os pais atípicos, que, neste período de julho, os filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possam ter em seu dia a dia sempre uma atividade lúdica, como por exemplo, com revistas, jornais e papel “A4”. Conforme o psicólogo, uma possibilidade de tarefa é pedir para que a criança ou adolescente construa uma história com personagem, um cenário e contexto. 

“O benefício de uma atividade simples como essa é justamente fazer com que ele adquira habilidade de narrar fatos, de trazer acontecimentos do dia a dia dele, para que, quando as aulas voltarem e ele chegar da escola em casa, consiga dizer as atividades que foram realizadas; e o que ele sente em realizar as atividades da escola. É uma atividade que trabalha aspectos emocionais, conclusão de etapa, raciocínio e desenvolve vínculo familiar”, analisa Greg Cardoso. 

Durante as terapias conduzidas no Cetea, neste mês de julho, foram repassadas algumas dicas para os pais/acompanhantes e entre as mães que aproveitaram para desenvolver em casa as atividades pedagógicas está Leidiane Rodrigues, 41 anos, que brinca com a filha, Gretta Maria Rodrigues, de 5 anos. 

"Decidi que não íamos viajar nas férias deste ano. Mesmo assim, durante a semana, os terapeutas orientaram a tirar um 'tempinho' junto às terapias para colocar atividades que ela pratica aqui no Cetea. Como a Gretta gosta muito de pintura, então é utilizado lápis de cor; de cera; tinta guache; massinha; e bloco de modelar. Vou continuar a trabalhar nessas orientações que eu tive. Acho muito importante as mães atípicas terem esse tempo de qualidade com os filhos dando mais atenção, carinho, brincar com a criança aproveitando cada momento. No CIIR aprendi a respeitar esse tempo de qualidade com a minha filha", analisa. 

Estrutura: Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS), acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual.

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Cetea funciona na Rua Presidente Pernambuco, nº489, bairro de Batista Campos. O CIIR está instalado na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 / 59.