Parceria entre CIIR e Hemopa deve salvar mais de 500 vidas no Pará

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) e organizado pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), iniciou nesta terça-feira, 16, a primeira ação de educação em saúde de 2024. A ação ocorreu na unidade móvel instalada em frente ao Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), em Belém, e contou com incentivo à doação voluntária de sangue que envolveu reabilitandos e seus acompanhantes, além de profissionais da instituição, ato nobre que segue até esta quarta-feira, 17, desta vez, no CIIR.

Nestes dois dias, a iniciativa espera receber até 140 bolsas de sangue que podem gerar 560 beneficiados cadastrados na rede de saúde pública e particular por todo o Pará. O cronograma de ações por intermédio de campanhas externas denominadas de "Campanha de Verão" contam com a parceria de instituições públicas e privadas, durante o mês de julho, tem a finalidade de contribuir para a manutenção do estoque de sangue da hemorrede estadual.

Para Priscila Nobre, assistente social do Hemopa, a parceria é de longa data justamente para estimular, não somente os servidores do Cetea, mas também acompanhantes e assistidos de toda a comunidade do CIIR.

"Nós estamos em julho, um mês de desafios para a Fundação Hemopa, pois conta-se com uma queda histórica nas doações, justamente por ser um período de férias escolares. Há uma saída massiva de doadores para viagens e essa procura acaba sendo uma demanda maior, pois somos demandados dos hospitais com os acidentes que se agravam e aumentam a necessidade de doações de sangue", pontua a profissional. 

Por sua vez, a diretora Executiva do CIIR, Rejane Xavier, agradece e parabeniza os voluntários da doação de sangue desta campanha em apoio ao estoque de sangue da Fundação Hemopa, que vai beneficiar muitos pacientes internados na rede hospitalar do Estado. “Agradeço pelo empenho dos organizadores desta mobilização de solidariedade e responsabilidade social no CIIR, que hoje, aconteceu no Cetea. Nesta quarta, a coleta de sangue será no Centro de Reabilitação e tenho certeza de que vamos repetir o sucesso da coleta de bolsas de sangue de anos anteriores. Parabéns a todos os envolvidos”.

LarissaDoadora desde os 19 anos, a auxiliar administrativo, Larissa Santiago, de 30 anos, destaca que o incentivo em ser doadora vem da conscientização em salvar vidas. “Para que outras pessoas possam ter a oportunidade de viver mais e saudáveis. Não custa nada. Me sinto grata, útil na sociedade. Saber que minha bolsa de sangue pode salvar até quatro adultos e, até seis crianças, me faz ter uma consciência muito tranquila de cidadã. Então eu gosto muito dessa sensação”, reflete a profissional do setor de Serviço de Atenção ao Usuário (SAU) do CIIR.

Compartilhando a mesma iniciativa e doando pela primeira vez, Wandernice Carneiro, 49 anos, estava acompanhando o filho na reabilitação e sem titubear, doou. 

“Sempre quis doar, mas o tempo corrido do dia a dia nunca consegui. Há também o deslocamento até a unidade de doação. Então, essa facilidade volante, para mim foi importante. Quando eu cheguei ao Cetea e vi a unidade móvel, não pensei duas vezes: ‘É hoje, vou doar!’. Enquanto o meu filho estava na terapia, aproveitei e fiz a doação. Doar pela primeira vez é sentimento de gratidão de poder ajudar outras pessoas proporcionando bem-estar”.

Para doar sangue é necessário:

- Apresentar um documento de identidade oficial com foto (RG, carteira nacional de habilitação - CNH, carteira de trabalho ou passaporte). Alguns documentos digitais oficiais também são aceitos;

- Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados de responsável legal);

- Ter mais de 50 quilos;

- Estar bem alimentado (não pode estar em jejum);

- Dormir pelo menos 6 horas nas 24 horas anteriores à doação;

- Não ingerir bebida alcoólica 12h horas antes da doação;

- Manter intervalo entre doações de dois meses para homens e três meses para mulheres;

- Quem se vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue, sendo necessário um intervalo de dois dias após cada dose para quem recebeu a vacina Coronavac, e sete dias para quem recebeu as demais vacinas.

Acolhimento - Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS), acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que, por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual.

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e está localizado na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 / 59. O Cetea funciona na Rua Presidente Pernambuco, nº 489, bairro de Batista Campos.