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Escola do Bengui tem projeto sustentável e concorre ao Prêmio Liga Steam 2024

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Luiza da Costa Rêgo desenvolveu o projeto 'Educação e Justiça Climática'

Por Elisângela Soares (SEDUC)
11/07/2024 11h06

Para promover a conscientização ambiental e sustentabilidade no ambiente escolar, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Luiza da Costa Rêgo, no bairro do Benguí, em Belém, desenvolveu o projeto “Educação e Justiça Climática: construindo um futuro sustentável para a sociedade” e, com ele, concorre ao Prêmio Nacional Liga STEAM 2024, na categoria Ensino Médio. A escola é a única da rede estadual paraense na semifinal da premiação. 

O Prêmio Liga STEAM foi lançado em 2022 pela Fundação ArcelorMittal, e valoriza a contribuição coletiva em sala de aula e a aplicação de conhecimentos de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.

Na Edição 2024, o Prêmio Nacional Liga STEAM 2024 selecionou 150 projetos, sendo 50 de Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais, 50 de Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais e 50 de Ensino Médio. Para a próxima etapa do prêmio, que se estende de julho a outubro, os projetos serão implantados nas escolas e, em novembro, serão divulgados os finalistas nas três categorias.

Entre os 50 professores selecionados no Brasil para compor a Comunidade de Educadores Liga Steam 2023, o professor José Nazareno Rosas da Silva é responsável pelo projeto. Segundo ele, ver o resultado foi recompensador.

“É uma sensação sensacional. Ver o projeto que trabalha a justiça climática e STEAM é recompensador. Apesar das dificuldades, apoiamos os projetos que nossa escola desenvolve e nós conseguimos projetar o nome, não só da escola, mas também do nosso Estado do Pará. Fico muito feliz pelo reconhecimento e em colaborar, junto com outros professores, para desenvolver o melhor ensino-aprendizagem dos nossos alunos”, afirmou o professor de química.

Desenvolvido com base na justiça climática, o projeto (que já está em andamento na escola) é realizado com a colaboração da professora de sociologia, Jennifer Portela, do professor de matemática, Franklin Deyvys Gomes e do professor de biologia, José Maria Furtado. José Nazareno explica como a iniciativa funciona na prática.

“Estamos construindo hortas e protótipos para que os alunos sejam envolvidos nas questões ambientais e sociais importantes que os levará a desenvolver soluções sustentáveis para diminuir os impactos negativos do clima no planeta, no país e na nossa região. Aproveitando, dessa forma, o poder transformador da educação para promover debates e informar para a comunidade escolar sobre justiça climática, aumentando a conscientização e a capacidade de todos sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima”, disse.

As hortas na escola serão monitoradas por sensores de umidade e temperatura com uma mini estação climática. Com os resíduos recicláveis coletados serão feitos vários protótipos e, entre eles, um biodigestor artesanal que, além de produzir gás e biofertilizante, ensina os alunos a reduzir a quantidade de lixo produzido na escola e como aproveitá-lo de forma sustentável”, destacou o docente.

De acordo com a professora Jennifer Portela, o projeto trabalha conhecimentos que vão além da sala de aula e que vão servir para a vida toda dos estudantes. “Conectar a ciência com o cotidiano é algo que faz parte de nosso ofício enquanto educadoras e educadores e o projeto possibilita que os estudantes possam aplicar conhecimentos de diversas áreas de saberes de forma criativa, sustentável e autônoma, para que percebam o quanto podem lutar pela transformação da realidade contra desigualdades, por dignidade, mais justiça social o que envolve também a climática (tema fortemente discutido na atualidade, o que inspirou o título de nossa proposta). O projeto possibilita maior fortalecimento desses saberes e valores que podem iniciar na sala de aula, mas transcendem os muros da escola, pois eles [alunas e alunos] são o futuro de nosso país e precisam estar engajados nessas discussões e ações. Especialmente por serem amazônidas”, frisou a professora de sociologia.

"É um orgulho imenso para o Pará, para toda a rede estadual, ter uma escola da rede públioca estadual nos representando em um prêmio nacional. Para esse ano, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) fez um movimento fundamental de ampliação de até 100% da carga horária da matriz curricular das escolas estaduais paraenses. Além do aumento para Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Química, Física e Geografia. Isso é mais tempo para que nossos estudantes aprendam ainda mais, para que nossas equipes potencializem o processo de ensino-aprendizagem e para que projetos continuem sendo desenvolvidos. Seguimos avançando, para que mais momentos como esses sejam potencializados", disse Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação. 

Realizado em aliança social entre a Fundação ArcelorMittal, Fundação Banco do Brasil, AVSI Brasil e Tríade Educacional, o Prêmio Nacional Liga STEAM tem por objetivo fomentar a adoção da abordagem STEAM nas escolas brasileiras. Por meio de projetos que buscam solucionar problemas do cotidiano dos alunos, desenvolvidos em sala de aula, a abordagem STEAM promove a integração das áreas de ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Este ano, o prêmio traz como tema as mudanças climáticas e recebeu cerca de 2000 inscrições.

Premiação - Este ano, os projetos vencedores do prêmio receberão um total de R$ 120 mil em dinheiro. Os primeiros colocados de cada uma das três categorias (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), receberão R$ 25 mil reais, dos quais R$ 10 mil para os professores ou professoras responsáveis, R$ 10 mil para a compra de equipamentos e/ou benfeitorias para as escolas e R$ 5 mil revertidos para a premiação dos estudantes da turma que realizou o projeto STEAM vencedor.

Os projetos STEAM classificados em segundo lugar em cada categoria receberão R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil para o professor ou professora responsável pelo projeto vencedor e R$ 5 mil revertidos para a premiação dos estudantes da turma vencedora. Já os terceiros colocados receberão R$ 5 mil, sendo R$ 3 mil para o professor ou professora responsável e R$ 2 mil revertidos para a premiação dos estudantes da turma vencedora.

A premiação para os estudantes, entre outras possibilidades, poderá ser utilizada na compra de equipamentos ou benfeitorias, realização de visitas técnicas ou recreativas, sempre em consonância com a escola.

Liga STEAM - Criada em 2022, a Liga STEAM promove a adoção da abordagem STEAM nas escolas brasileiras. Trata-se de uma abordagem educacional bastante difundida em países como Estados Unidos, China, Austrália e Reino Unido. Além do Prêmio Nacional Liga STEAM, a estratégia contempla iniciativas como a formação em STEAM para todos os educadores de redes públicas de ensino e a criação de uma Comunidade de Educadores Liga STEAM com o objetivo de torná-los referência e promotores da abordagem em suas regiões de atuação.

Texto de Fernanda Cavalcante / Ascom Seduc