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EDUCAÇÃO

Seduc debate a inclusão da cultura negra no currículo escolar

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/11/2015 16h57

A Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (Copir) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) deu início, nesta quarta-feira (25), ao Seminário para Elaboração de Conteúdos Étnico-Raciais, que destaca a aplicabilidade da Lei 10.639, que estabelece o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas do País.

Integrante do Centro de Estudos de Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), a professora doutora Zélia Amador de Deus abriu o seminário ao falar que o Brasil precisa conhecer sua própria história, com ênfase para a participação da população negra na construção do País. “Os currículos escolares precisam privilegiar essa participação. Por isso, é importante que a Secretaria de Educação discuta. É importante que os professores trabalhem nessa linha, porque essa é uma linha de descolonização do ensino”, frisou a educadora.

Creusa Santos, da Copir Seduc, informa que o evento visa orientar os professores das escolas públicas estaduais, em Belém e no interior, sobre a inclusão da temática racial no currículo escolar, bem como a história da África e dos africanos e sua contribuição para a formação da sociedade brasileira. “Estamos fazendo um movimento para que todas as disciplinas do currículo alcancem a temática étnico-racial, porque consideramos que esse conteúdo deverá perpassar o currículo como um todo e não apenas as disciplinas que a lei coloca como prioritárias”, afirmou Creusa Santos, ao ressaltar que a legislação vigente diz que, preferencialmente, esse conteúdo seja trabalhado na disciplina de Arte, História e Literatura.

O evento acontece no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), e prossegue nesta quinta-feira (26) quando será homenageado o professor Vinícius Darlan Andrade, um dos vencedores do 7º Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero: experiências de promoção da igualdade étnico-racial em ambiente escolar, do Centro de Estudos de Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT).

Instituída em 2003, a Lei 10.639 é reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) e recentemente essa demanda foi incluída na dinâmica curricular do Estado via Plano Estadual de Educação (PEE), em sintonia com o Plano Nacional de Educação (PNE). Cento e sessenta professores da rede pública e convidados de instituições participam da programação.