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Governo do Estado participa da abertura do maior evento científico da América Latina

Evento em Belém reúne cerca de 400 cientistas de todo o país, representantes de cinco pastas do governo federal e mais de 17 mil inscritos

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
08/07/2024 07h59

Com olhar crítico para os desafios e as oportunidades que os amazônidas vivenciam, foi aberta a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na noite do domingo (7), em Belém.

A cerimônia no Theatro da Paz contou com cientistas e pesquisadores de várias partes do Brasil, reunidos na capital paraense. A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), como uma das principais apoiadoras do encontro, participou da cerimônia de abertura e participará da programação com palestras, debates e apresentação de estudos científicos, até o dia 13 de julho, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento é gratuito e aberto ao público.

Entre as autoridades presentes estiveram na cerimônia de abertura, no domingo, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professor Renato Janine Ribeiro; o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), professor Emmanuel Zagury Tourinho; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Também, participaram o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor Ricardo Galvão; a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), professora Denise Pires de Carvalho; a secretária municipal da Educação da Cidade de Belém, professora Araceli Lemos; entre outras autoridades.

Para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o evento é uma grande oportunidade de discutir temas de interesse comum. “É momento para discutir e pensar sobre o fortalecimento da ciência, tecnologia e da inovação, momento de reunir pessoas que acreditam na ciência do Brasil”, destacou.

A abertura da programação teve início com apresentação do concerto da Orquestra Sinfônica Altino Pimenta da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (UFPA), com regência do professor Miguel Campos Neto. Também apresentou-se o Coro Universitário da UFPA – Coruní, sob regência da professora Cristina Mami Owtake e da Madrigal Escola de Música da UFPA, com regência do professor Adamilson Guimarães de Abreu, além de Minicortejo de Abertura (EMUFPA-Catum e convidados), sob coordenação do professor Kleber Moraes Benigno.

“Precisamos explorar não apenas o que tem sido feito, mas o que ainda precisa ser feito para alcançar o desenvolvimento verdadeiro, sustentável e inclusivo dessa região. Estamos num ponto crítico da nossa história onde a necessidade da conservação ambiental se choca com as demandas de envolvimento econômico. Aqui no Pará sob a liderança do nosso governador Helder Barbalho, acreditamos firmemente que por meio da ciência, inovação e da inclusão podemos encontrar um caminho que nos leva a um futuro em que o desenvolvimento e a conservação. Acredito firmemente que, por meio da ciência, da inovação e da colaboração, podemos encontrar um caminho que nos leve a um futuro onde o desenvolvimento e a conservação andem de mãos dadas”, pontuou durante a cerimônia de abertura, Marcel Botelho, diretor-presidente da Fapespa. 

Missão - O presente e o futuro da pesquisa científica na região amazônica norteiam a história de atuação da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas. Dessa forma, a Fapespa terá um grande estande durante todos os dias de evento. No local, o público poderá, a cada dia, conhecer diferentes projetos apoiados pela Fundação, com investimentos do governo do Estado.

Durante a semana de evento, ao todo, serão apresentadas 23 pesquisas apoiadas pela Fundação. Os projetos abrangem várias áreas de pesquisa, como: formação de banco de espécies vegetais da Amazônia e produção de biocarvão, melhoramento de semestres de pimenta-do-reino, monitoramento da qualidade do ar, tecnologias de fornecimento de água potável para ribeirinhos, estudos envolvendo os botos-do-Araguaia e muito mais.

A Fapespa estará presente ainda em outras programações oficiais da reunião da SBPC. O diretor-presidente da Fundação, Marcel Botelho, participará, no dia 10 da mesa redonda sobre o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, no Centro de Eventos Benedito Nunes, na UFPA.

Ainda no dia 10, parte da programação ocorrerá no Auditório da Fapespa, onde pesquisadores debaterão oportunidades de mobilidade e cooperação científica entre Brasil e Europa. Já no dia 13, último dia de programação, a Fapespa estará presente na “Iniciativa Amazônia +10”, com pesquisas direcionadas aos desafios da Amazônia.

Conhecimento - A 76ª edição tem o tema escolhido da SBPC foi “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, que permeia toda a programação. Essa temática foi escolhida para que os debates a serem realizados na Reunião Anual possam pautar a  30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em 2025, também em Belém.

“O cerne da Reunião Anual é a parte de Ciência. Serão mais de 400 cientistas de todo o País que estarão presentes nas mesas redondas, conferências, falas e discutindo como a Ciência pode melhorar a vida das pessoas e como ela pode estar alinhada com objetivos éticos fundamentais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, ressaltou o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro.

Para Regina Machado, bióloga, pesquisadora, pedagoga, que veio do município de Breves no Marajó. “É um momento importante no qual nós vamos ter contato com pesquisas importantes que vem trazer reflexões sobre esse momento que digamos conturbado. Então, estar aqui nesse momento e estar compartilhando das experiências, trocando conhecimentos e também estar se abastecendo de conhecimento”, avaliou a participante.