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PROGRAMA ESCOLA SEGURA

Seduc promove formação sobre equidade racial para qualificar servidores

Iniciativa reforça o compromisso da Seduc em oferecer um ambiente escolar mais seguro e justo dentro da educação paraense

Por Elisângela Soares (SEDUC)
05/07/2024 17h20

Para qualificar os servidores da pasta sobre práticas antirracista, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), por meio da Secretaria Adjunta de Educação Básica (Saeb), Diretoria de Diversidade e Inclusão (DDI) e Assessoria de Convivência Educacional (ACE), promoveu a formação “Equidade racial no âmbito da Seduc”, na manhã desta sexta-feira (5). A formação faz parte do Programa Escola Segura, que objetiva garantir bem-estar, segurança e harmonia dentro das unidades escolares.

De acordo com o diretor de Diversidade e Inclusão (DDI), este tipo de qualificação reforça o compromisso da Seduc em oferecer um ambiente mais seguro e justo para a comunidade escolar. “‘Não basta não ser racista, é necessário ser antirracista’, Angela Davis fez esse convite e a Secretaria do Estado de Educação assumiu. O secretário Rossieli Soares apoia profundamente que a educação antirracista seja um dos grandes pilares da Seduc. É importante a gente pensar em equidade e para pensar em equidade a gente tem que olhar o recorte racial. E não tem jeito, para que as escolas não reproduzam o racismo, essa ideia tem de partir e ser exemplo desde a gestão. Então, a gente precisa letrar, precisa humanizar, para que a gente possa olhar um para o outro e reconhecer a gente, nossa ancestralidade. A gente vai fazer os desdobramentos dessa formação, porque agora, por exemplo, vai ser o momento em que eles [servidores] vão se responsabilizar nas suas ações do ponto de vista de equidade”, disse Mário Augusto Almeida.

O diretor ainda explica o papel dos setores na organização e promoção da qualificação. “Nessa formação a Saeb entra como um todo, vendo o currículo, a Diretoria de Diversidade e Inclusão na transversalidade, entrando em todos os espaços e a Assessoria de Convivência pensando em cuidar de quem sofreu racismo. Faz parte do Escola Segura. Os policiais, inclusive, participaram dessa formação logo no começo do programa e já atuam com esse olhar humanizado e agora a gente está expandindo muito mais para que chegue em toda a rede”, pontuou.

Para Gizsele Silva, líder técnica de Equidade Racial e Gênero da Motriz, levantar o debate sobre equidade racial no setor público é o ponto de partida para a transformação. “Nós, da Motriz, acreditamos que a transformação do setor público vai vir para o meio das pessoas. Esse é o nosso ponto de partida. Além de ser por meio das pessoas, a educação é fundamental para que haja essa transformação num volume maior, com mais consistência e com maior perenidade. Quando a gente fala sobre equidade étnico-racial, entendendo toda a multiculturalidade de um Estado como o Pará, nós estamos trazendo para o debate do exercício da própria liderança o seu compromisso e, como parte do seu próprio exercício de liderança. Entender essa pauta para que, nesse exercício de entendimento, consiga construir ambientes mais inclusivos, seja no seu exercício, na sua gestão de pessoas, dentro do seu local de trabalho, trazendo a inclusão, o pertencimento para todas as pessoas que compõem esse multiculturalismo do Estado do Pará para o setor público, mas também se estendendo, indo para fora, indo para as pessoas da sociedade e reverberando nas escolas”, ressaltou a palestrante.

Gizsele ainda destaca que falar de educação inclusiva dentro do setor público e formar lideranças públicas é de suma importância para a sociedade. “Quando a gente fala de uma educação inclusiva, nós estamos falando que essa inclusão, em primeiro momento, tem que ser presente no local de trabalho, no próprio setor público porque as construções das políticas públicas - que vão vencer os desafios da própria gestão pública no que diz respeito às diferenças entre as pessoas - iniciam com o próprio agente público. Então essa representatividade ativa de quem faz as leis, de quem toca as leis, de quem coloca os programas e projetos, é fundamental para que a gente consiga atingir os objetivos, as necessidades para que a democracia e a sensação de bem-estar atinja a todas as pessoas, para que ninguém fique de fora. Então formar lideranças públicas, principalmente da educação, é o objetivo maior para que a gente consiga realmente transformar o país, para gerar impacto mesmo lá na ponta, lá na escola, na sala de aula, e que a gente consiga ter pessoas formadas, capacitadas para entender a realidade da riqueza do Brasil”, concluiu.

Texto: Fernanda Cavalcante - Ascom/Seduc