Alunos e professores da Escola Jorge Lopes Raposo querem publicar livro pela Imprensa Oficial
A comitiva apresentou à direção da Ioepa o livro “Contos de suspense do Chalé Senador José Porfírio e Outras Histórias”, feito pelos próprios alunos da escola de Icoaraci
Uma comitiva formada por alunos, professores e diretores da Escola Jorge Lopes Raposo, pertencente à 10° Diretoria Regional de Ensino, em Icoaraci (distrito de Belém), visitou a sede da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa) na última quinta-feira (04) para tratar da publicação do livro “Contos de suspense do Chalé Senador José Porfírio e Outras Histórias”. A obra é resultado de um trabalho desenvolvido por alunos do 2° ano do ensino médio, do turno da tarde, e deverá ser lançada na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no mês de agosto.
Ao chegar à nova sede administrativa da Imprensa Oficial do Estado, localizada na Rua Arcipreste Manoel Deodoro, 305, no Bairro Batista Campos, a comitiva conheceu um pouco o trabalho desenvolvido pela instituição que, além da publicação do Diário Oficial do Estado, tem um intensa atividade de divulgação e fomento à literatura amazônica, por meio da publicação de obras de autores paraenses pela Editora Pública Dalcídio Jurandir.
Outro projeto importante apresentado aos estudantes, professores e diretores é o Portal do Conhecimento, com a campanha de arrecadação de livros usados pela sociedade civil para doação a bibliotecas públicas e comunitárias, espalhadas pelos municípios paraenses.
No gabinete do presidente da Ioepa, Jorge Panzera, a comitiva teve acesso à obras de autores paraenses já publicadas pela Editora Pública Dalcídio Jurandir e lançadas nas últimas edições da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, na capital paraense. “Foi uma grata satisfação trazer nossos alunos para conhecer todo o acervo da Imprensa Oficial do Estado e trocar informações com o presidente desta importante autarquia. Sem dúvida, é uma expansão de horizontes, onde eles podem perceber as possibilidades culturais e profissionais que existem em nossa cidade”, disse a diretora da Escola, Alfonsina de Jesus.
Conhecimento - Segundo ela, além de fazerem parte da primeira obra que será publicada pela escola, os alunos conheceram como funciona o processo de produção e edição de um livro, aprendendo a intermediar e a negociar a possibilidade de publicação de uma obra da autoria deles.
“São os nossos alunos escritores vindo aqui solicitar a aprovação do trabalho que vêm fazendo em sala de aula. É um momento marcante para nós, educadores, e para eles, enquanto protagonistas, e também pela temática que a gente está trazendo de resgate da memória de Icoaraci, pois a gente precisa levantar essa bandeira”, acrescentou a diretora.
O livro “Contos de Suspense do Chalé Senador José Porfirio” reúne mais de 40 histórias, desenvolvidas a partir de uma visita a uma casa centenária e com fama de mal-assombrada, situada na Rua Padre Júlio Maria, esquina com a Travessa Souza Franco, em Icoaraci. Trata-se de um projeto desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa, ministrada pela professora Juliany Fonseca, como resultado do segundo bimestre letivo, sobre o texto narrativo iniciado com o livro didático Prepara, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Patrimônio - Segundo a editora e coordenadora do projeto, a proposta vai além de trabalhar a leitura e a escrita dos jovens com o texto narrativo, mas propor que sejam agentes transformadores da comunidade em que vivem, a partir de um trabalho de resgate do patrimônio histórico de Icoaraci.
“A partir da construção do livro queremos fomentar a discussão sobre os chalés antigos de Icoaraci, aproveitando que estamos nos preparativos da COP 30 (conferência mundial sobre mudanças climáticas). Queremos discutir sobre o estado de abandono de um casarão histórico, representativo da Belle Époque, e que poderia servir de museu ou espaço cultural e turístico para a comunidade do seu entorno e para visitantes do mundo todo, ampliando o potencial turístico que a Vila Sorriso já tem, com uma linda orla, um artesanato representativo, um polo gastronômico, além de ser a porta de entrada dos grandes cruzeiros e de acesso às ilhas, como Cotijuba e Marajó”, ressaltou a professora Juliany Fonseca.
O presidente da Imprensa Oficial do Estado, Jorge Panzera disse ser uma satisfação conhecer o trabalho da escola Jorge Lopes Raposo. “Vamos analisar o projeto e fazer o possível para atendê-los, tendo em vista que estamos com uma grande demanda de obras para serem publicadas pela Editora Pública Dalcídio Jurandir na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes”.
Segundo a representante da Editora Pública Dalcídio Jurandir, Vitória Santos, foi uma honra receber mais uma proposta de publicação de uma escola pública. “A gente trabalha não só a imaginação, mas a questão literária que vem da periferia das escolas públicas. Os alunos fizeram toda uma pesquisa para suas redações, usaram suas imaginações. Tenho certeza que, sendo publicada, será uma obra de grandiosidade não só para a editora, como para o Estado, que vai ter acesso a todo esse trabalho que os alunos fizeram junto ao corpo escolar”, informou.
Também participaram da visita os alunos Wesley Santos, Lethícia Camilly e Deivison Gomes, e o atual diretor da Escola Estadual Cruzeiro do Sul, de Icoaraci, José Augusto da Silva.
Texto: Ascom/Ioepa