Uepa fortalece laços com cultura chinesa e atende 600 alunos no Instituto Confúcio

Além de oferecer ensino gratuito de língua chinesa, o Instituto Confúcio (IC), vinculado à Universidade do Estado do Pará (Uepa), busca promover a cultura e fortalecer o intercâmbio entre o Brasil e a China, nas áreas econômica, de logística, tecnológica e também acadêmica. Atualmente, mais de 600 alunos são atendidos pelo Instituto, que já alcançou mais de 6 mil alunos, desde a sua criação no Pará, em 2016.

Entre as atividades desenvolvidas no IC, estão: ensino gratuito de mandarim; treinamento para HSK e HSKK, que são testes de proficiência do idioma chinês aulas de Tai Chi; caligrafia chinesa e coral; oportunidades de intercâmbio e atividades de integração cultural; aulas de artes marciais; palestras e workshops sobre medicina chinesa, cultura, literatura, cinema chinês, dentre outros.

Antônio Carlos Silva, diretor brasileiro do Instituto Confúcio, explica que, em Belém, inicialmente, as artes marciais e o ensino do mandarim ganharam maior ênfase pela procura dos paraenses. Aos poucos, as outras atividades ganharam espaço.  

Inserção cultural
“Nós não ensinamos somente a língua pela língua, nós fazemos a questão da inserção do aluno na cultura, com diversas atividades, a exemplo do Festival do Dragão, o Festival do Ano Novo Chinês, o Festival da Primavera, o Festival das Lanternas, entre outros. Somos cuidadosos dos alunos poderem vivenciar experiências. Relacionamos as festividades de lá com as paraenses, mostramos aos alunos que as nossas culturas podem ser geograficamente distantes, mas temos muitas similaridades. Isso acaba aproximando nossos alunos com relação a essa realidade”, diz.

O Instituto Confúcio resulta de convênio entre a Uepa e a Shandong Normal University (SDNU), e representa o estreitamento de relações entre Pará e China, a internacionalização e o fortalecimento das relações institucionais. Além dos seis professores chineses, o Instituto também tem uma diretora chinesa. Dez alunos no Pará já receberam bolsas de estudo para um intercâmbio na China.

A estudante Jéssica Carvalho sonha em conhecer a China e fazer um intercâmbio para aprender um pouco mais sobre a língua e a cultura chinesa. "Eu sempre gostei da cultura asiática de modo geral e tudo que é relacionado ao Japão e China me provoca muito interesse. O Instituto contribui muito sobre a questão cultural de lá. Já estou no nível 3 e os professores se esforçam para transmitir o conteúdo da melhor forma possível. É um desafio estar aqui, porque é realmente difícil de aprender, mas é muito legal", comenta.

NOVIDADES - Para o segundo semestre, estão planejados cursos como "Chinês para Negócios", voltado para a preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), expansão dos cursos de idiomas para jovens a partir de 15 anos e ampliação do espaço físico. O diretor Antônio Silva conta que além do foco em alunos universitários e de um percentual já destinado à comunidade em geral, no mês de agosto também serão abertas vagas para alunos do Ensino Médio paraense.

O estudante do IC, João Salvadori, morou oito anos na China por conta do trabalho de modelo e durante essa experiência deu início às aulas de mandarim. Ao voltar para o Brasil, buscou continuar o aprendizado e se aprofundar na cultura chinesa. Já está no nível 3 das aulas de mandarim no Instituto.

 "Quero continuar aprendendo mais e mais, pensando sempre na nossa qualificação. Os alunos daqui pensam no futuro, nas portas que o Instituto abre, nas possibilidades de trabalho. A COP 30 em Belém é um exemplo de oportunidade em que podemos atuar, conseguir espaço muito especializado no mercado de trabalho", ressalta o estudante Salvadori.

SERVIÇO - O Instituto Confúcio da Uepa funciona na travessa Dom Pedro I, 519, entre Municipalidade e Senador Lemos, no bairro do Umarizal.