Formação para educação especializada e ensino regular reúne mais de 400 profissionais
Durante dois dias, oficinas a palestras abordaram práticas pedagógicas inclusivas e melhoria da aprendizagem
Professores da educação especial e ensino regular participaram da Formação “Acessibilidade Curricular: Práticas Inclusivas entre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Ensino Regular Comum", promovida pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Na quinta (27) e sexta-feira (28) a iniciativa ofereceu palestras e oficinas, com a participação de mais de 400 profissionais da educação.
O objetivo do encontro foi promover qualificação profissional sobre o tema da Acessibilidade Curricular em suas bases Político-Legais e Educacionais, e suas implicações nas Práticas Pedagógicas Inclusivas na educação escolar, para estudantes da educação especial, bem como melhorar a qualidade no aprendizado. A iniciativa também foi marcada pela troca de experiências entre os profissionais. O evento permitiu integração e troca de experiências entre profissionais de vários municípios
“O encontro foi inicialmente pensado a partir da necessidade de todos os nossos docentes, dos 144 municípios, de estarem conectados com as diretrizes, com a Legislação da Educação Especial, com as práticas pedagógicas inclusivas. Essa formação, por meio também das plataformas digitais, conseguiu alcançar aquelas pessoas que não conseguiram participar de forma presencial. Isso fez toda a diferença. Eles se sentem valorizados enquanto profissionais. Se sentem atualizados e, acima de tudo, a integração e a troca de experiências entre um profissional de um município para com outro município é muito importante”, disse Denise Corrêa, coordenadora de Educação Especial da Seduc.
Multiplicadores - Uma das oficinas trabalhadas durante a programação foi "Introdução às Técnicas Básicas de Orientação e Mobilidade", na qual os participantes possam ser multiplicadores dentro da sua rede, escolas ou em qualquer lugar que ele esteja, com isso preparando outras pessoas para realizar orientações com quem necessitar.
Professora Rosana Feitosa, uma das responsáveis pela formação“A nossa oficina está direcionada a trabalhar a questão da orientação e mobilidade, orientando o aluno no seu deslocamento. A priori, hoje, muito embora a orientação e mobilidade sejam grandiosas, porque é o que vai dar autonomia e independência ao estudante na sua rotina, o nosso objetivo, meu e da professora Rose Quinto, é exatamente estar capacitando, orientando esses professores da rede regular a fazer uma orientação em relação à condução, a mobilidade deste aluno dentro das técnicas de guia vidente. Nosso objetivo realmente é poder contribuir com todo o Pará através dessa oficina, saindo dos nossos muros”, disse Rosana Feitosa, professora de Educação Física e formadora.
Silene Barreto: "necessidade de adaptação de recursos"Oriunda do município de Abaetetuba, a pedagoga Silene Barreto participou da oficina "Adaptação de Recursos Pedagógicos para alunos com Deficiência Visual". “Eu me inscrevi especificamente porque atendo estudantes cegos, e tenho certeza de que essa oficina vai me ajudar muito com o contexto que hoje a gente vive no ensino regular. Nós temos uma necessidade de adaptação de recursos. Eu penso que a oficina vai contribuir muito para a minha prática e o meu atendimento educacional especializado. Quando temos essas formações nos jogamos, pois é o momento de troca de experiência”, disse a pedagoga Silene Barreto.
A programação também contou com temas sobre Acessibilidade Curricular: Caminhos para Práticas Pedagógicas Inclusivas para estudantes com Deficiência Intelectual-DI (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual); Acessibilidade curricular: Caminhos para práticas pedagógicas inclusivas para estudantes com Transtorno do Espectro Autista - TEA; Libras no Contexto Escolar; O Trabalho Colaborativo como Ferramenta na Escolarização do Estudante com Deficiência, e Introdução às técnicas básicas de Orientação e Mobilidade.