Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MELHOR DESEMPENHO

Sala de informática inclusiva amplia atendimento a alunos atípicos na UsiPaz Jurunas/Condor

O espaço é dedicado a pessoas com autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral e demais deficiências

Por Chrystian Machado (SEAC)
27/06/2024 19h20

A Usina da Paz Jurunas/Condor, em Belém, já dispõe de uma sala de informática inclusiva para o atendimento a alunos neurodivergentes. O espaço, entregue na quarta-feira (26), faz parte do “Projeto Inclusão”, criado na própria UsiPaz para melhorar o atendimento a alunos atípicos.

No novo laboratório serão ministradas aulas de informática com o uso de Inteligência Artificial, a fim de qualificar os alunos para que alcancem melhor desempenho na aprendizagem e no convívio  social, além da preparação para a inclusão no mercado de trabalho.O novo espaço permite ações que fortalecem a integração e inclusão

O coordenador da UsiPaz Jurunas/Condor, Lucas Maia, informou que a sala de informática é necessária diante da grande demanda da comunidade. “Nós detectamos um número alto de pessoas atípicas precisando de apoio e acolhimento. Buscamos parcerias e conseguimos com a Fundação Cultural do Pará (FCP). Neste projeto, atendemos pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome de Down, paralisia cerebral e demais deficiências”, explicou.

Interação - O Projeto Inclusão tem como objetivo promover a participação ativa e igualitária de todos, criando e desenvolvendo ações que permitam a integração e a inclusão. Atualmente, são atendidas mais de 300 famílias, com serviços médico, odontológico, psicológico e neurológico, terapia ocupacional, prática esportiva, fisioterapia e outros.

Todos os serviços são realizados dentro da Usina da Paz, por meio de parcerias com órgãos estaduais e instituições privadas.

Para Rosenilde Fonseca Santos, coordenadora do Projeto Inclusão, a iniciativa vai facilitar o desenvolvimento de alunos com deficiência. “A sala de informática inclusiva é um projeto-piloto, no qual temos dois principais focos: a capacitação de jovens na faixa etária de 15 a 25 anos para o mercado de trabalho, e uma turma na faixa etária de 8 a 13 anos, com o objetivo de inserir a cartografia e Inteligência Artificial com jogos educativos e rotinas, pensando também no cotidiano da pessoa com deficiência”, detalhou a coordenadora.

Inovação - A enfermeira Mara Minea, mãe de Henrique, 4 anos, que tem autismo, participa do projeto há um ano. Para ela, a nova sala inclusiva é uma iniciativa inovadora, que vai beneficiar diversas famílias. “A informática inaugurou agora com a primeira turma, onde o foco principal é treinar os adolescentes no período de seis meses para se capacitar para o mercado de trabalho. Na segunda turma o meu filho já irá participar. Será um amiguinho virtual que conversará com ele, ajudando a estimular a fala, programas educativos e iniciar diálogo”, contou.

Para Glaucilene Farias, mãe de Alice Kailany, 9 anos, também com Transtorno do Espectro Autista, a sala de informática é um marco na história da inclusão. “A sala de informática abre um leque de oportunidades, pois é um ambiente no qual eles vão poder ter um espaço voltado a eles mesmos, em uma sala climatizada, aconchegante e com o apoio dos colaboradores. Um local que dificilmente encontramos para as crianças com TEA. Se fosse para pagar, não teríamos condições. O Projeto de Inclusão é de suma importância para o rastreio e acompanhamento das crianças que estão com suspeita de alguma comorbidade. Foi através do acolhimento da equipe que eu consegui um rastreio específico, e foi nele que consegui os relatórios dos profissionais para minha filha”, acrescentou.

Ainda neste ano, o projeto será submetido ao Prêmio Ser Humano, da Associação Brasileira de Recursos Humanos, concedido às organizações do setor público e privado, cujas práticas inovadoras tenham alcançado significativos resultados e que possam ser consideradas como referência.