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Sespa realiza ação sobre controle de verminoses em escolas de Muaná

Ação em Muaná representa mais um passo significativo no combate às geo-helmintiases e no fortalecimento da saúde pública no Pará

Por Rafaela Palmieri (SESPA)
24/06/2024 16h54

O Governo do Estado realiza, até o dia 26 de junho, uma importante ação no município de Muaná, Região de Integração Marajó. A ação, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio do Programa de Controle da Esquistossomose, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma (EFGT), é uma colaboração entre o Estado, por meio do Departamento de Endemias/EFGT, Coordenação do PCE do 4CRS, e as Secretarias de Saúde e Educação de Muaná.

A iniciativa busca realizar exames parasitológicos, tratar os casos positivos e promover educação em saúde para as geo-helmintiases entre alunos de escolas públicas.

Intitulada "Ação de educação em saúde, diagnóstico e tratamento de geo-helmintíases em escolares", a iniciativa também visa combater as geo-helmintiases, um grupo de doenças parasitárias intestinais, e fortalecer as atividades de vigilância e controle de verminoses no Pará.

"A ação em Muaná é um passo significativo no combate às geo-helmintiases e no fortalecimento da saúde pública no Pará. Estamos tratando casos positivos e promovendo a educação em saúde, essencial para a prevenção dessas doenças. É fundamental que crianças e suas famílias compreendam a importância da higiene e do saneamento básico. Nosso objetivo é reduzir a carga parasitária e melhorar a qualidade de vida das comunidades, reforçando a vigilância e o controle de verminoses em todo o Estado", ressalta Antonilde Arruda, coordenadora do Programa de Controle da EFGT.

Cinco escolas da área urbana e rural foram selecionadas para o projeto, abrangendo crianças de 5 a 14 anos: EMEF Cel. João Câncio da Silva Brabo I, EMEF Santo Inácio, EMEF Raimundo Azevedo Cunha, EMEF Manoel Hermelindo dos Santos Guimarães e EMEF Paula Franssinetti. Ao todo, 454 exames foram disponibilizados pelo Estado e os resultados revelaram uma carga parasitária de 44,57% entre os estudantes. Os parasitos mais identificados foram Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides, com prevalência de 32% e 21%, respectivamente.

As crianças diagnosticadas com parasitos foram tratadas no ambiente escolar, com o suporte da atenção básica do município e técnicos do Programa Saúde. Além disso, foram realizadas palestras educativas em todas as escolas para a prevenção de verminoses e distribuídos materiais educativos, incluindo 1500 cartilhas paradidáticas sobre o tema.

"Com a ação conseguimos orientar e tratar um número considerável de alunos, evitando surto de doenças diarreicas e levando melhorias para nossas crianças, tanto no aprendizado quanto no desenvolvimento", enfatiza Rosele Aquino de Leão, enfermeira coordenadora da vigilância epidemiológica do município.

Transmissão - As geo-helmintiases são causadas por parasitos como Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Enterobius vermiculares. A transmissão ocorre pela ingestão de ovos embrionados ou pelo contato com solo contaminado por larvas desses parasitos. Essas doenças estão frequentemente associadas à falta de saneamento básico, tratamento inadequado da água, ausência de educação em saúde e medidas básicas de higiene.

As crianças constituem um grupo de risco significativo para essas infecções, pois estão em fase de crescimento físico e desenvolvimento cognitivo. As infecções por parasitos intestinais podem prejudicar o desempenho escolar, afetando a concentração e a aprendizagem. No entanto, as geo-helmintiases podem afetar indivíduos de todas as idades, apresentando uma variedade de sintomas, desde quadros assintomáticos até complicações graves que podem levar ao óbito sem intervenção adequada.

Texto: Jamille Leão – Ascom Sespa