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Com mais de 600 mulheres e crianças atendidas, abrigo estadual do Baixo Amazonas celebra 12 anos

Espaço funciona como refúgio às vítimas e têm o objetivo de garantir a proteção integral e acolhimento para mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos menores

Por Gustavo Campos (SECOM)
21/06/2024 15h50

Abrigo conta com equipe multiprofissionalNesta sexta-feira, 21, o abrigo de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar do Baixo Amazonas celebra 12 anos de atendimento e acolhimento a famílias da região oeste do Pará.  

O espaço, mantido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), funciona em Santarém como um refúgio às vítimas e tem o objetivo de garantir a proteção integral e acolhimento provisório para mulheres adultas, acompanhadas ou não de seus filhos menores, que estejam em situação de risco de morte ou ameaças em razão de violência doméstica e familiar. 

Ao longo desses 12 anos, o abrigo do Baixo Amazonas já recebeu 248 mulheres e 420 crianças e adolescentes. “A porta de entrada para o abrigo é a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), com o registro do Boletim de Ocorrência. São os profissionais da delegacia que verificam se a mulher precisa do abrigamento porque não tem parentes na cidade, ou mesmo que tenha, mas não se sente segura devido o agressor ser violento. E a partir daí, nós fazemos o acolhimento dessa vítima”, explicou a gerente do abrigo de mulheres do Baixo Amazonas, Rosileide Lima. 

Time de profissionais faz o acolhimentoEstrutura e atendimento - Em média, estas mulheres ficam 90 dias no abrigamento, mas este prazo pode se estender ou até reduzir, dependendo da necessidade delas e dos filhos. No espaço, as vítimas são acolhidas com o sigilo necessário, além de receber o acompanhamento da equipe, que conta com 22 profissionais (todas mulheres), entre pedagoga, assistente social, psicóloga, monitoras, vigilantes, motoristas, etc. Além do atendimento interno, as mulheres são encaminhadas para outros serviços da rede de proteção, como a patrulha Maria da Penha, assessoria jurídica, atendimento do Parapaz e Centro de Referência Especilizado Maria do Pará, além dos centros de assistência social, entre outros.

O abrigo tem capacidade de receber até 20 pessoas simultaneamente e conta com centrais de ar, guarda-roupas, sofás, televisões, cadeiras, mesas, armários, camas e outros móveis, aparelhos e utensílios para o conforto dos acolhidos. 

Em sua estadia, a mulher também conta com apoio da equipe para o recomeço da vida dela e dos filhos. “Temos parcerias que garantem a essas mulheres tratamento odontológico, cesta básica na saída dela do abrigo, fazemos as tratativas para o aluguel social para aquelas que precisam. Tiramos RG, primeira ou segunda via, atualização do Bolsa Família, além de cursos profissionalizantes para que ela possa buscar uma nova fonte de renda. A nossa equipe busca de todas as formas ajudar nas necessidades das acolhidas, para que elas comecem uma vida nova com uma nova visão”, destacou a gerente do espaço. 

Mulheres são atendidas por profissionais do abrigoAgradecimento - Uma das atendidas no espaço, uma mulher de 34 anos, ficou um mês e 10 dias no espaço e agradeceu muito às profissionais que a acolheram durante este tempo.  

“Eu cheguei aqui em um momento muito difícil da minha vida. Cheguei depressiva, com medo, fragilizada. Mas vim para cá e fui muito bem recebida. Conversaram comigo e me trataram até melhor do que a minha família real. Acho muito importante o trabalho delas. Fico até triste de sair, mas sei que tenho uma vida lá fora me esperando e sou muito grata a todas elas. Saio uma outra mulher, com sonhos e objetivos muito diferentes da que entrou”, comemorou. 

O abrigo de mulheres em Santarém continua com seu trabalho de receber essas famílias e realiza um atendimento personalizado e articulado com a rede de serviços socioassistenciais, para garantir os direitos e a qualidade de vida das acolhidas. 

Rosileide Lima é gerente do abrigo em Santarém“Para nós, é muito gratificante ver o sorriso das mulheres. Quando elas saem daqui, saem com outra visão de vida. Não estão mais tão fragilizadas como entraram. Então, como gestora dessa unidade, me sinto honrada em fazer parte e contribuir com a rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica familiar”, concluiu Rosileide Lima. 

Serviço - Além de Santarém, a Seaster também mantém mais abrigos em Belém, Altamira e Marabá. A demanda prioritária é constituída por mulheres oriundas de municípios onde não há cobertura de abrigos desta natureza. 

Os espaços incentivam o empoderamento feminino, o fortalecimento da autoestima e o exercício da cidadania destas mulheres. Mediante às necessidades, a Seaster ainda viabiliza a compra de passagens intermunicipais e interestaduais. A Secretaria reitera que os órgãos de segurança pública disponibilizam, em casos de violência doméstica, o disque 180.