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Criança de 2 anos tem alta da Santa Casa após 2 anos e 6 meses de tratamento

Família e profissionais da área pediátrica festejaram a saída de Ravi Lucas, de 2 anos, que volta para casa nesta sexta-feira (21)

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
21/06/2024 12h32

A alta hospitalar de Ravi Lucas, de 2 anos, nesta sexta-feira (21), é considerada uma vitória para a equipe multidisciplinar que atua na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica (UTI-Ped), da Fundação Santa Casa do Pará, em Belém.

Ravi é portador de neuro toxoplasmose congênita, infecção causada pela parasita toxoplasma gondii. Ele foi diagnosticado logo após o nascimento, e os pais moravam no município de Nova Esperança do Piriá, no nordeste paraense, e tiveram que mudar para Belém para acompanharem o tratamento do filho, em sua longa internação de 910 dias, ou seja, cerca de dois anos e cinco meses. 

A enfermeira Laila Dias, destaca que a alta do Ravi Lucas significa uma vitória e também um momento desbravador que encoraja outras mães a alcançar essa vitória para os seus filhos porque praticamente moram aqui. Elas são mães que ainda precisam compartilhar o seu cuidado com outros filhos e a alta dessa criança da UTI gera esperança para as outras mães entenderem que isso é possível e um diagnóstico não precisa ser um limitador.

“Essa alta foi um desafio e uma luta que a gente pôde alcançar. Uma luta possível que a gente conseguiu vencer, tendo em vista que depende de situações extra-muro e a gente conseguiu esse apoio. A Santa Casa deu toda estrutura para que conseguíssemos alinhar e alcançar esse momento de vitória para esse paciente, para essa família, de devolvê-lo ao seu elo familiar. Contamos com uma equipe multidisciplinar muito competente. E a família está muito feliz. Agradecida e realizada, porque assim, aos poucos, ela vai conseguir reorganizar sua estrutura familiar e reorganizar o seu ambiente muito melhor com seu filho nos seus braços e na sua casa”, destaca a enfermeira.

Regiane Araújo Medeiros, mãe de Ravi Lucas, disse que seu filho tem dois anos e sete meses, e que há dois anos e seis meses está internado na Santa Casa. “Ele chegou aqui com um mês e 12 dias de vida, foi diagnosticado com neurotoxoplasmose congênita e teve algumas sequelas. Desde lá, então, a nossa casa foi aqui no hospital.

“Eu praticamente morei na Santa Casa durante esses dois anos e hoje é o grande dia. É o dia da alta do Ravizinho. Um dia cheio de emoções para mim, porque é uma data muito significante, né?! A alta do meu filho representa viver em família de novo, em casa, construir a nossa vida. Foram momentos difíceis que a gente superou aqui, mas também momentos difíceis que, graças a Deus, a gente conseguiu vencer e agradecer toda a equipe da Santa Casa por todo o cuidado que teve com o Ravizinho durante todo esse tempo. É hora de agradecer a cada profissional que se dedicou por ele, que o cuidou com amor de filho. Hoje é só gratidão a cada um desses profissionais da Santa Casa”, diz emocionada Regiane Medeiros.

Para Ana Cristina Alves, médica que gerencia a pediatria hospitalar da Santa Casa, a alta dessa criança é uma construção compartilhada com a equipe multidisciplinar, com apoio da direção, mas com apoio também do ‘Melhor em Casa’, programa do SUS, gerido pelo município, que garante  a assistência de saúde ao paciente junto da rotina da família.

"Essa alta é uma vitória compartilhada com que cada pessoa da equipe, dentro desse quebra-cabeça, foi muito importante para que ela acontecesse. É uma ação piloto porque a gente tem outras crianças com doenças neuromusculares ou neurológicas dependente de um suporte ventilatório, mas que tem condições e isso é permitido com a infraestrutura e as nossas recomendações multi, com uma parceria das secretarias, para que ele possa ser assistida em seu domicílio”, conclui a médica.