Sistema de rastreabilidade animal discute ações de educação sanitária no Pará
Presidido pela Adepará, o Conselho Gestor do programa se reuniu para abordar a funcionalidade da ferramenta e propostas de atividades
O Plano estratégico de ação do Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária deu mais um passo importante, na quinta-feira (20), com a apresentação do sistema de gestão de dados que vai abrigar as informações sobre os animais e sobre a proposta de atividades educativas do programa implantado em todo o Estado. O encontro ocorreu na sede da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), em Belém, com a presença de setores do governo estadual, representantes de ONGs, entidades de classe e de produtores rurais.
No início das atividades, a fiscal estadual agropecuária Bárbara Lopes contou sobre a experiência dos servidores da Agência que visitaram o Uruguai, país que há 18 anos foi pioneiro na implantação de um sistema de rastreabilidade animal.
A médica veterinária explicou que o objetivo da visita foi conhecer o sistema já implantado no Uruguai e pensar em adaptações à realidade da pecuária paraense. Ela ponderou que a implantação da rastreabilidade vai fazer com que o Pará acesse mercados como Japão e União Europeia, com os quais o Uruguai já comercializa produtos de origem animal, em função de já ter um sistema que garante que se saiba a origem do gado, desde o nascimento até o abate.
A fiscal estadual agropecuária, a veterinária Bárbara Lopes afirmou que o Pará já é o segundo maior produtor de gado do Brasil. "Temos mais de 26 milhões de cabeças de gado e estamos buscando a melhoria da qualidade desse produto, que é a carne, para acessar novos mercados e trazer emprego e renda para nossos produtores”, disse ela.
A equipe de Sistemas da Adepará apresentou os módulos desenvolvidos para serem executados, por meio do Sistema de Gestão Agropecuário (Sigeagro). O produtor vai poder acessar e lançar suas informações por qualquer dispositivo móvel, oferecendo autonomia e funcionalidade de gestão. Os técnicos mostraram as áreas do sistema, o portfólio de serviços, aplicativos disponíveis e a versão 2.0 do sistema.
Os desenvolvedores do Sistema demonstraram como o produtor poderá ter o controle do rebanho que tiver os brincos rastreáveis, e acesso às informações de cada animal, como idade, sexo, data de nascimento na propriedade e as vacinas aplicadas.
O diretor geral da Adepará, Jamir Macedo, ressaltou que o sistema foi pensado para atender ao produtor e facilitar o acesso às informações do rebanho. “Nós desenvolvemos uma versão moderna, funcional e segura do sistema para que os usuários possam ter uma boa experiência de navegação e utilizar o sistema da melhor forma possível”, afirmou.
A capacitação dos técnicos que vão desenvolver as atividades será iniciada ainda este mês com a formação dos gerentes dos programas sanitários da Adepará. Também haverá reuniões de nivelamento sobre o sistema de rastreabilidade de forma on line para os técnicos que atuam na execução da vigilância sanitária nas 20 regionais da Agência de Defesa e, posteriormente, acontecerão as ações presenciais. Também estão previstas reuniões com os produtores rurais nos diversos municípios paraenses.
O secretário adjunto da Semas, Raul Protázio, mostrou as propriedades que já estão concluindo o processo de Requalificação Comercial, que visa simplificar o processo de desbloqueio de produtores que encontram-se com algum tipo de passivo que impedem a comercialização de seus animais e que será coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas).
O Conselho Gestor do processo de identificação individual de bovinos e bubalinos no Estado, composto pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), do segmento da Produção Rural e da Indústria da Carne.