Ação no Hospital Galileu reforça o cuidado com a saúde bucal de pessoas acamadas
Unidade garante dentistas nas UTIs e cumpre protocolo de cirurgias seguras
Como forma de orientar os usuários e estimular uma a limpeza bucal correta durante o período de internação, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) promoveu uma ação com palestras e entrega de kits de higiene aos seus pacientes e acompanhantes, nesta quarta-feira (19). Os profissionais de saúde, da unidade na Grande Belém, percorreram os leitos conversando com os pacientes sobre as doenças causadas por uma escovação deficiente. A unidade do governo do Pará é referência em traumas-ortopédicos.
De acordo com o HPGE, pessoass em tratamento hospitalar e com dificuldade de locomoção, encontram barreiras na higiene oral, o que pode levar ao aparecimento de cáries, gengivite e mau hálito. Esses sintomas podem interferir no organismo, pois a boca é a maior entrada do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta para bactérias, vírus e outros microrganismos prejudiciais ao ser humano.
Adriana Cunha Vasconcelos, cirurgiã dentista da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) explica que pessoas acamadas têm mais dificuldades de fazer a higiene correta. “Paciente pré e pós-operado precisa fazer a higiene adequada para que ele não tenha foco de infecção. Geralmente, eles têm dificuldades nos braços ou nas pernas, para se locomoverem, e isso diminui a quantidade de escovação, e, assim, as bactérias dos alimentos podem formar infecções nas gengivas e cáries nos dentes”, afirmou.
A dentista também alerta que essas as doenças bucais são focos de infecção que podem passar na corrente sanguínea e, assim, dificultar o pré e pós-operatório do paciente. “Estamos distribuindo os kits de higiene, informando a correta escovação dos dentes e a importância de tirar os restos de alimentos da boca, principalmente antes de dormir e fazer a raspagem da língua ao acordar para tirar as toxinas que se acumulam durante o sono”, informou Adriana Cunha.
Participação
O encarregado de serviços gerais, José Carlos Coelho, 51 anos, está na reta final de seu tratamento no joelho direito, após um acidente. Há 4 dias na unidade para tirar os pinos da fratura, ele conta que a ação foi esclarecedora e produtiva. “Achei muito importante, já que ela dá ênfase para a saúde bucal. Às vezes quem está em tratamento médico esquece de coisas básicas. E a gente pode evitar ter problemas com um simples hábito que é escovar os dentes”, comentou.
Após se envolver em um acidente de motocicleta, o morador de Marituba, Francinaldo Nascimento, 41 anos, precisou ficar internado para tratar o trauma. Com duas semanas no Hospital Galileu, ele acredita que a ação foi esclarecedora. “As orientações deram um incentivo a mais para a gente se cuidar e cuidar da boca”, afirmou.
Assistência
A enfermeira Anny Segóvia, coordenadora de humanização da unidade, garante que a orientação é o caminho para evitar problemas na saúde. “No Galileu, prestamos a assistência para muitos pacientes que devido aos traumas, ficam acamados, que, muitas vezes têm dificuldade em escovar os dentes e manter a boca limpa e cavidade bucal desempenha importantes funções que repercutem na saúde do organismo como um todo. Através da orientação, as pessoas ficam mais em alerta e redobram os cuidados”, ponderou.
O Hospital Galileu garante a atuação do dentista na unidade dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) como forma de tratar e reduzir riscos dos pacientes durante a hospitalização e na cirurgia. “Essa é mais uma medida dos protocolos de Segurança do Paciente. O acompanhamento odontológico avalia se a pessoa mantém condições de ir para uma cirurgia segura sem que haja riscos de uma intercorrência por conta de uma causa odontológica”, esclareceu Liliam Gomes, diretora executiva do Galileu.
Serviço:
O Galileu é gerenciado pela Sespa em parceria com o Instituto Social e Ambiental da Amazônia – ISSAA. A unidade funciona na avenida Mário Covas, na Grande Belém, e é retaguarda para pacientes com traumas.
Texto da Ascom Hospital Galileu