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Policlínica Metropolitana conscientiza população sobre as doenças falciformes

Portadores necessitam de várias transfusões de sangue ao longo da vida, por isso, a importância da doação para manter a saúde desses pacientes em dia

Por Ascom (Ascom)
19/06/2024 10h17

Sinalizada nos primeiros dias de vida, através do teste do pezinho e mais tarde, num diagnóstico concluído, por meio do exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, as doenças falciformes são um desafio para o resto da vida de crianças. Junho é o mês mundial de conscientização da doação de sangue, e em Belém, Ana Virgínia Van Den Berg, coordenadora da hematologia da Poli Metropolitana, alerta sobre o tratamento dessas patologias, que necessitam de transfusão constantemente para a manutenção de vida dos portadores das doenças falciformes.

“Elas são caracterizadas por anemias. São doenças hereditárias e detectadas pelo teste de pezinho e confirmada por exame que mostra uma hemoglobina diferente, denominada de S (HbS), e se caracteriza por ter um teor baixo de oxigênio. E ela fica diferente, o que chamamos de meia lua, e isso, impede que o oxigênio seja oferecido para todos os órgãos”, explica a doutora  Ana Virgínia Van Den Berg.

A coordenadora da hematologia da Poli Metropolitana também alerta para a importância de detecção precoce, através do teste do pezinho, que é uma triagem e do alerta às famílias que já têm casos da doença genética.

Apesar de desafiadora, a doença mantém tratamento. “O hematologista consegue controlar e hoje já temos tratamento, inclusive, com a correção definitiva dessa hemoglobina, através do transplante de medula óssea”, observou Ana Virginia.

Alerta

A médica observa que sempre que a criança tiver queixas de dores nos ossos, nos pés e nas mãos, e na fase mais velha, apresentar um desenvolvimento fora do normal, acompanhado de uma anemia, é preciso redobrar a atenção. “Esse tipo de anemia chamamos de hemolítica, pois existe a destruição de células do sangue. Elas têm sobrevida menor que a normal, por causa dessa destruição das hemácias, e por isso, é necessário fazer uma transfusão sanguínea a cada dois, três meses”, disse.

“O sinal de alerta é saber se a criança tem uma anemia, pesquisar essa anemia e pesquisar uma história sugestiva dos pais ou parentes que tenham uma anemia falciforme”, completou.

 Diagnóstico

As doenças são diagnosticadas através do exame chamado eletroforese de hemoglobina, que tem como objetivo identificar os diferentes tipos de hemoglobina que podem ser encontrados circulantes no sangue.

 “No caso da hemoglobina falciforme ela tem uma quantidade de hemoglobina S de 50% ou mais. Na Policlínica fazemos o acompanhamento desses pacientes, mas o centro de referência em Belém é o Hemopa, que oferece a transfusão e a medicação, chamada Hidroxiuréia”, frisou. A médica hematologista também destaca que atualmente há possibilidade de outras medicações para eles terem a hemoglobina com uma sobrevida maior, além do transplante de medula óssea.

Cerca 250 atendimentos são oferecidos na hematologia

Na Policlínica o serviço de hematologia atende os pacientes da Região Metropolitana de Belém e de outros municípios paraenses, através de encaminhamento da atenção básica. “A média é de 250 pacientes atendidos na Poli. Eles são referenciados, no entanto, não é uma demanda espontânea. Os que podem ser tratados na unidade, permanecem, e os que não, encaminhamos para os centros de referência”, explicou Ana Virgínia.

A hematologista também destaca que a Poli Metropolitana funciona na triagem de pacientes de onco-hematologia, ou seja, em doenças malignas do sangue, como leucemias, linfomas e mieloma. “Atendemos também aos pacientes que necessitam de um acompanhamento de transfusões sanguíneas, os que têm as anemias hereditárias, como as falciformes, talassemias, deficiência 16Pd. Alguns pacientes de trombose e de alterações de plaquetas, nós também atendemos e fazemos o acompanhamento”, detalhou a coordenadora do serviço.

Cerca de 90% dos pacientes tratados na hematologia da Poli, são os com queixas de anemias carenciais, apresentadas pela baixa de elementos como ferro, vitamina B12 ou folato, ou pelas anemias hipoproliferativas. “Desses pacientes, 80% são mulheres que apresentam anemia ferropriva, causadas, principalmente, por perda de ferro menstrual, ou pelo tubo gástrico intestinal, causadas por gastrites, cólicas e processos de hemorroida”, detalhou.

Serviço

A Poli Metropolitana é gerenciada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia – ISSAA, através de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Os serviços são gratuitos e a marcação de consulta não é presencial.

As especialidades são atendidas através da Regulação Estadual. Para retorno ou marcação de exames, o agendamento é realizado pela Central de Relacionamento, na ferramenta do WhatsApp Business no número (91) 98521-5110 e no e-mail:  agendamento.polimetropolitana@issaa.org.br.

O usuário precisa apresentar o documento de identidade com foto (RG preferencialmente), CPF, Cartão Nacional SUS e comprovante de residência (originais e cópia). Caso seja criança e ainda não tenha RG, é possível apresentar a certidão de nascimento e os documentos oficiais da mãe.