Governo do Pará promove workshop para celebrar o 'Dia do Orgulho Autista'
A data tem o objetivo de combater o estigma e a discriminação enfrentados pelas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Mais de 300 pessoas participaram do workshop promovido pelo Complexo de Reabilitação composto pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), que gerencia os serviços ofertados pelo Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) e o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), para celebrar o “Dia Mundial do Orgulho Autista” enfatizado nesta terça-feira (18) e que reuniu reabilitandos, acompanhantes e profissionais. A programação iniciou pela manhã no Cetea e foi encerrada à tarde, no CIIR, sendo realizada nos auditórios das unidades, em Belém.
A data tem o objetivo combater o estigma e a discriminação enfrentados pelas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, são destacadas as habilidades e contribuições dessas pessoas para a sociedade.
"Hoje é um dia muito importante, é uma data voltada para que as pessoas com autismo tenham orgulho de ser quem elas são. E para isso é importante que elas conheçam os seus direitos. Por isso, a Secretaria de Saúde, por intermédio de seus serviços como o CIIR, trabalha a informação, a capacitação, tanto dos usuários quanto das suas famílias para que tenham orgulho de ser quem são, sabendo dos seus direitos", enfatiza Nayara Barbalho, titular da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa).
Mães e filhos participam juntos do eventoPara celebrar o momento inclusivo com educação em saúde, proporcionando cidadania e direitos, organizado pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), o evento trouxe ao debate dois temas fundamentais: os "Direitos dos Autistas", ministrado pelo advogado Kristófferson Andrade, especialista em direitos das pessoas com TEA; e Rafael Morais, doutor em Ciência da Reabilitação, que abordou o tema "Compreendendo a seletividade alimentar em pessoas neurodiversas".
"Conhecimento gera segurança. Daí a importância de falar sobre o tema, assim como aproveitar a oportunidade e dar voz às pessoas. Quanto mais se entende sobre o assunto é possível compreender melhor as pessoas que têm o diagnóstico, pois isso gera maior inclusão. Discutir questões que envolvem o cotidiano dessas pessoas, bem como de suas famílias, provocam ampliação de saberes, além de desmistificar preconceitos", destaca o terapeuta ocupacional, Rafael Morais.
Da mesma forma, Kristófferson Andrade defende a ideia de que a diversidade de pontos de vista enriquece a discussão e promove uma compreensão mais empática ao TEA.
“Minha palestra visou inspirar os participantes a levar a discussão para suas comunidades, locais de trabalho e escolas, ajudando a espalhar a mensagem de inclusão e respeito ao autismo. Acredito que abordar o tema de forma aberta e informada é fundamental para combater o preconceito e o estigma social. Educar as pessoas sobre o TEA é crucial para reduzir a discriminação e promover a aceitação”.
No CIIR, entre as participantes, Fabiane Silva, 41 anos, que acompanha semanalmente o filho, Fernando Ferreira, de 12 anos, atendido pela instituição há mais de um ano, destaca que o evento lhe proporcionou um novo conhecimento alimentar.
“A temática ‘Seletividade Alimentar’ foi importante para eu conhecer o processo de alimentação do meu filho. Outro ponto importante é que nem tudo que ele rejeita de alimentos é seletividade, pode ser comportamental; ou seja, [ajuda a] identificar quando está sendo seletivo ou preferindo um determinado alimento. Isso impacta no acompanhamento. Então, adquiri mais conhecimento para o progresso do desenvolvimento do Fernando”.
Serviço: O CIIR/Cetea/Natea é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Cetea funciona na Rua Presidente Pernambuco, nº 489, bairro de Batista Campos. O Natea está situado na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, no CIIR. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 / 59.
