Museu da Santa Casa passa por reestruturação
Espaço é dedicado à exposição de peças consideradas históricas para a Fundação e para a medicina na Amazônia
Fundado em junho de 1987 pelo médico Alípio Bordalo, o Museu da Santa Casa de Misericórdia do Pará é um dos espaços do prédio secular do hospital que vem passando por reestruturação para atender melhor sua funcionalidade, como espaço para a exposição de peças consideradas históricas para a Fundação e para a medicina na Amazônia.
“As peças do espaço que abriga o museu estão sendo retiradas cuidadosamente e a reforma, no valor de 800 mil reais, será concluída em 60 dias para que o Museu permaneça no mesmo local no qual foi instalado há mais de 3 décadas. Um espaço do prédio histórico e centenário no qual funcionou a antiga farmácia da Santa Casa”, afirma Marcelo Frota, engenheiro da Santa Casa.
O início das atividades de reestruturação, com procedimentos desde a classificação até o armazenamento das peças e documentos do acervo, teve início em abril deste ano e está sendo realizado por uma empresa especializada, como explica a servidora Elisama Fernandes, que acompanha de perto todo o processo.
“A empresa foi contratada para realizar o trabalho de arrolamento, que consiste no registro de todos os itens da sala; o inventário, que é um instrumento de documentação museológica que tem o objetivo de fazer o registro dos itens históricos, artísticos, patrimoniais. Além disso, também foram contratados para realizar atividades de preparo de cada uma das peças, seja mobiliária, seja as imagens, os livros, todo o acervo, para a transferência para o antigo auditório durante o período da reforma do espaço do museu”.
O acervo do Museu da Santa Casa possui centenas de peças classificadas em coleções como a de farmácia antiga, instrumental médico-hospitalar, sacra, esculturas, louças e utensílios, coleção documental, mobiliário artístico, entre outros.
A diretora de ensino e pesquisa da Santa Casa, Érica Cavalcante, considera a reestruturação do museu como um projeto que permite manter viva a história da Santa Casa, também sendo importante para a educação, pesquisa, estudos históricos e científicos.
Parte da equipe de museólogos
“Acima de tudo, o museu contribui para a identidade e memória coletiva da comunidade paraense, valorizando o patrimônio cultural local, sendo um elo para a conexão entre a Santa Casa e a comunidade, aumentando o entendimento e a apreciação pública pelos serviços de saúde que ao longo da história temos oferecido. E nesse contexto, manteremos vivo o reconhecimento aos profissionais de saúde e suas contribuições ao longo dos anos na nossa instituição”, diz a diretora.
A reforma do Museu da Santa Casa está prevista para ser concluída em agosto deste ano.