Estado fortalece o ensino de robótica em 37 escolas técnicas do Pará
Os Laboratórios Makers são espaços onde a teoria se transforma em prática. Eles são projetados para que os alunos desenvolvam projetos tecnológicos inovadores com o apoio de professores, computadores e ferramentas
A robótica não é apenas uma teoria, ela está presente nas 37 escolas técnicas espalhadas pelo estado do Pará. É uma ponte para o futuro, especialmente para os alunos da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) no Município de Tailândia. No último dia 11 de junho, a segunda edição da “Competição de Robótica” trouxe a possibilidade de demonstrar como a tecnologia pode ser elaborada na prática de projetos.
Organizada pelo coordenador do curso de informática e coordenador do Laboratório Maker, Miquéias Serrão e alunos dos cursos de Programação Robótica, Modelagem, Informática Básica e Impressão 3D, o evento foi mais do que uma competição: foi uma celebração do aprendizado prático e da inovação.
Durante o evento, os alunos apresentaram projetos impressionantes de Modelagem e Impressão 3D, demonstrando como a tecnologia pode transformar ideias em realidades palpáveis. As competições, que incluíram modalidades como Labirinto Elétrico, Corrida de Carro Robótico bate e volta, Controle do Mini Guindaste e Corrida em Faixa, mostraram não apenas a destreza técnica dos alunos, mas também a importância da robótica na resolução de problemas e na aplicação prática dos conceitos aprendidos em sala de aula.
Miquéias Serrão enfatizou que iniciativas como a “Competição de Robótica” são essenciais para estimular a criatividade dos alunos. "O conhecimento adquirido no desenvolvimento dos projetos é fundamental, pois cada desafio é uma oportunidade para os alunos entenderem e solucionarem problemas", diz o professor.
A robótica, no entanto, vai além da programação e da eletrônica. O professor de biologia da Eetepa, Fabio Travassos, destacou como a robótica e o avanço das tecnologias pode ser usado de forma prática.
"A robótica pode ser aplicada em diversas áreas do conhecimento, como a Biologia. Podemos usar robôs para acessar locais inóspitos, coletar amostras biológicas, geológicas ou hídricas, manipular e retirar contaminantes, proteger pesquisadores e monitorar áreas", explicou Fabio. Esta integração entre disciplinas enriquece o aprendizado e demonstra a versatilidade da robótica.
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), atua como propulsora do incentivo ao conhecimento tecnológico - científico e busca agregar conhecimento aos alunos, levando para as EETEPAS os Laboratórios Makers' espaços onde a teoria se transforma em prática. Eles são projetados para que os alunos desenvolvam projetos tecnológicos inovadores com o apoio de professores, computadores e ferramentas.
Para Evelin Gabrielly, aluna da Eetepa de Tailândia, ter acesso à tecnologia na escola é ter a chance de trilhar caminhos de pesquisa e soluções para o seu cotidiano. "O Laboratório Maker foi uma experiência única. Nunca havia mexido com robótica antes, mas tive a oportunidade de aprender com matérias de qualidade e professores que nos ajudaram bastante. A competição de Robótica nos permitiu colocar em prática tudo o que aprendemos, além do conhecimento permitir a aplicabilidade na nossa realidade", diz a mesma.
Um dos projetos apresentados na competição foi um carro robótico autônomo que identificava, através do sensor ultrassônico, quando iria bater em um determinado objeto durante o seu trajeto, ou seja, quando ele identificava o objeto na frente, o carro de desviava para não ocorrer colisão, isso tudo programado através do computador.
“A capacitação em robótica na Eetepa de Tailândia, mas também nas demais escolas técnicas em que a Sectet é gestora, é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos. Ela não só desperta o interesse pela tecnologia, mas também prepara os jovens para os desafios do futuro, cultivando habilidades essenciais como resolução de problemas, pensamento crítico e inovação. A robótica, no cotidiano dos alunos, se torna mais do que uma disciplina; é um caminho para a construção de um futuro melhor”, pontua o Diretor de Educação Superior, Profissional e Tecnológica da Sectet, Washington Corrêa.
Texto de Deivid Martins, com supervisão de Carla Couto – Ascom Sectet