PCEPA realiza reprodução simulada sobre caso de assassinato em Baião
Crime ocorreu em 2019, com a morte de um guarda municipal e mais duas pessoas feridas. Pedido foi feito pelo Ministério Público
Peritos criminais do Núcleo de Crimes Contra a Vida (NCCV), estiveram, no último dia 5, na Vila Maracanã, no município de Baião, nordeste paraense, para realizar a reprodução simulada dos fatos que resultaram no assassinato do guarda municipal Alailson Lopes, em fevereiro de 2019. A reprodução foi solicitada pelo Ministério Público para esclarecer as incertezas que envolvem o crime.
Na ocasião, mais duas pessoas foram atingidas com disparos de arma de fogo, porém, estas sobreviveram. “Foi uma situação que envolveu vários disparos, e não ficou claro de que arma partiu o tiro que matou o guarda municipal, nem de que arma partiram os tiros que atingiram as outras pessoas”, afirmou o perito criminal Jadir Ataíde, que participou da reprodução.
A ação, realizada na estrada da Vila Maracanã, foi iniciada às 22h e terminou às 3h da madrugada, mesmo período em que ocorreu o crime. “É importante ser realizada no mesmo horário em que ocorreu o crime, pois vamos tentar simular as condições daquele dia”, explicou.
A reprodução envolveu o depoimento das 8 testemunhas presentes no inquérito. Cada testemunha teve em torno de 40 minutos para relatar sua versão. “Cada um é dono de sua versão, e o nosso trabalho é reproduzir cada versão e confrontar com a versão dada no primeiro depoimento dessa testemunha, que consta no inquérito; verificar se é possível, fisicamente, aquela versão ser verdadeira”, afirmou o perito Jadir.
Dois meses antes da reprodução simulada, foi feita uma visita técnica para verificar as condições do local onde ocorreu o crime, quais os equipamentos precisariam ser usados. Após isso, solicitou-se o apoio da Delegacia de Polícia de Baião, viaturas, refletores e apoio da prefeitura local e do Departamento Municipal de Trânsito para a instalação de refletores e a obstrução da estrada.
Foram deslocadas 2 viaturas, 5 peritos e um auxiliar especializado em voos com drones. “É um equipamento que nos cede imagens panorâmicas do local, já que precisamos verificar a materialidade do depoimento das testemunhas em relação à distâncias percorridas por elas, e tempo necessário para percorrer essas distâncias”.
“O próximo passo é confrontar as informações do inquérito, áudio do depoimento com fotos e vídeos do drone e das câmeras para assim criar hipóteses. As hipóteses serão debatidas entre os peritos até chegar uma versão final, que iremos entregar à autoridade solicitante”, completou o perito criminal.
Texto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA