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COMÉRCIO INCLUSIVO

CIIR oportuniza mais de 200 microempreendedores em feira inclusiva no primeiro semestre de 2024 

Evento auxilia mães de reabilitandos a garantir uma renda extra, já que a maioria não atua no mercado formal por precisar acompanhar seus entes integralmente

Por Pallmer Barros (CIIR)
12/06/2024 15h36

Fátima Ferreira participou pela primeira vez da Feira e aprovou a oportunidade.

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, encerrou nesta quarta-feira (12), a 5ª edição da “Feira de Empreendedores do CIIR” que oportunizou, neste primeiro semestre de 2024, 208 inscritos entre reabilitandos, profissionais da instituição e visitantes que geraram comércio inclusivo e tiveram a oportunidade de apresentar os seus produtos desde alimentícios, passando por vestuário, peças de artesanato, plantas, decoração, acessórios inclusivos até papelaria. A Feira iniciou na última terça,11. 

Organizada pelo setor de Arte e Cultura, a Feira surgiu a partir da constatação de que algumas mães faziam vendas esporádicas nos ambientes do CIIR, justamente quando estavam à espera de atendimento aos filhos. Elas ofereciam seus produtos nas recepções da unidade. 

Diante disso, o Centro de Reabilitação decidiu, a partir de 2022, promover o espaço empreendedor, levando em consideração que a maioria das famílias têm a necessidade de aumentar a renda, pois não atua no mercado de trabalho formal por precisarem acompanhar seus entes de forma integral. 

Entre elas está a microempreendedora Daniele Melo, de 39 anos, que participou de todas as edições da Feira neste primeiro semestre e pontua que o evento é importante porque é uma forma de ajudar com a renda em casa, além de ser um complemento à saúde emocional. 

“Em razão do diagnóstico de autismo do meu filho, isso me dificulta sair para trabalhar formalmente, porque tenho que cuidá-lo com horário flexível. Então, é uma forma que eu encontrei de ajudar, financeiramente, em casa e unir com a renda do meu esposo. A Feira ainda proporciona saúde mental, pois por alguns minutos esqueço dos problemas do dia a dia. A feira garante a oportunidade de socialização e aumenta a clientela”, afirma a mãe do reabilitando, Elias Melo. 

Segundo a supervisora do setor de Arte e Cultura e uma das organizadoras do evento, Denise Morais, todo dinheiro arrecadado com a comercialização dos produtos fica com o próprio empreendedor. “O CIIR não cobra taxa de participação no evento. É uma oportunidade única que os acompanhantes, principalmente, as mães, aproveitam em meio aos atendimentos para apresentarem seus produtos e serviços à comunidade do Centro de Reabilitação e ampliar a sua rede de vendas”.  

Mães adquirem materias inclusivos que são suporte aos filhos no dia a dia

Critérios de participação - A organização da Feira mantém regras para a venda dos produtos, principalmente, de higiene no manuseio de alimentos para evitar infecções. 

Desta maneira, são atendidos todos os protocolos do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). "Os alimentos devem estar embalados e não podem ser manipulados na área de venda. Tem um local específico na orla do CIIR para consumir os alimentos, e assim, não ter problemas com infecções na área interna”, informou Brena Santos, enfermeira do SCIH. 

Fátima Ferreira, de 63 anos, estreou na Feira de Empreendedores comercializando gênero alimentício, celebrando a experiência em participar do evento. “Gostei e espero poder vir outras vezes. A Feira está sendo uma importante oportunidade de expor meus produtos a outras pessoas; é valiosa essa oportunidade de expandir ainda mais os nossos negócios. Eu acho muito importante essa oportunidade para que a gente possa ajudar em casa, na renda familiar”. 

O Comércio Inclusivo é formado por meio de uma lista de inscrição elaborada com antecedência à data de cada edição para que toda a comunidade assistida possa ter a oportunidade de comercializar seus produtos. “Os participantes inscritos ocupam estandes de vendas em um dia, e apenas por um turno, pois as vagas são rotativas”, complementa Denise Morais. 

A microempreendedora, Daniele Melo, celebra a oportunidade de ampliar as suas vendas durante a Feira.

Atendimento – Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual.

Serviço: O Complexo de Reabilitação pertence ao Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano(INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.