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II Sigema é aberto e apresenta diversidade e sabores de produtos produzidos no Pará

Programação busca dar visibilidade e ajudar na valorização dos produtos que já obtiveram a IG – como é o caso da farinha de Bragança

Por Rose Barbosa (SEDAP)
06/06/2024 22h02

Produtora de um dos alimentos mais conhecidos do Pará – a farinha de Bragança – a empreendedora Ingrid Alhadeff – da comunidade do Atoleiro, é uma das 30 expositoras das diferentes regiões de integração do estado que participam até o próximo sábado (8) do II Seminário de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas (II Sigema) aberto na noite desta quinta-feira (6) no Boulevard da Gastronomia.

A programação busca dar visibilidade e ajudar na valorização dos produtos que já obtiveram a IG – como é o caso da farinha de Bragança, o queijo do Marajó e a amêndoa de cacau de Tomé-Açu. Outros produtos com potenciais para a obtenção da IG também estão sendo expostos como o açaí do Pará, cacau da Transamazônica, cacau do Tuerê (município de Novo Repartimento), mel de São João de Pirabas e o cacau de Mocajuba, também estão representados.

Para a representante de Bragança, a IG da farinha trouxe mais visibilidade a um produto que já é um dos mais conhecidos do Pará. “Só Bragança já tem mais de 400 anos com a farinha. E esse jeito chegou para complementar mais isso, para enriquecer mais a nossa cultura bragantina. O meu produto já está podendo ir para fora do Brasil. As pessoas procuram muito saber sobre a história da indicação geográfica, a história da farinha”, disse.

De acordo com as informações da coordenadora do Fórum de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas, Márcia Tagore, outras potencialidades já demandas são as Indicações Geográficas do abacaxi de Floresta do Araguaia e Salvaterra e Marcas Coletivas como a farinha de tapioca de Americano, moda marajoara, seringueira indígena e das trabalhadoras rurais de Santarém. “Vamos fazer o lançamento dessas potencialidades durante o seminário”, disse.

A representante da Associação de Artesãs Ribeirinhas de Santarém (Asarisan), Maria Odenise Miranda, que está com um estande de exposição na programação, disse que está apresentando trabalhos de palha de tucumã como bolsas e leques além de licor de genipapo. A embalagem do produto é apresentada com folha de pata de vaca e folha de cana mansa. No estande também são encontrados produtos derivados de mandioca e remédios homeopáticos.

Elas criaram a marca coletiva Puxiranas e irão aproveitar o seminário para receber melhores orientações com relação aos procedimentos para o reconhecimento junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), órgão responsável pela concessão da IG. Para ela, a realização de um evento como o Sigema, é importante para divulgar o trabalho das 110 mulheres que integram a associação. “Esse evento é importante porque vai divulgar e ajudar a gente a expandir o nosso trabalho e a que a nossa marca seja registrada e a gente consiga vender fora do estado e até fora do Brasil”, opinou a artesã.

O secretário adjunto da Sedap, João Ramos, que participou da programação representando o titular do órgão, Giovanni Queiroz. Em maio deste ano, o Governo do Estado sancionou a Lei Ordinária número 10.510 de maio de 2024 que institui o Programa de Incentivo à Indicação Geográfica e Marcas Coletivas. A Lei cria, também, o Conselho Estadual do referido programa. É um grande avanço para o Estado.

Durante a programação' foi realizado um desfile de moda para a apresentação grife Belém Andrade com figurino que utilizam estampas alusivas ao cacau. A noite foi encerrada com o show da cantora Lia Sophia.

O II Sigema continua nesta sexta-feira (7) e sábado (8) no Boulevard da Gastronomia e no Sesc Ver er o Peso