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Fórum Estadual discute estratégias para promoção da Saúde da Mulher no Pará 

Evento da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) busca qualificar profissionais das 13 regiões de Saúde em diversos temas da área

Por Mozart Lira (SESPA)
29/05/2024 11h58

Até esta quarta-feira (29), a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), através da Coordenação Estadual de Saúde da Mulher, promove o “III Fórum Estadual de Redução da Mortalidade Materna”. O evento começou, na terça-feira (28), a partir do tema “Promoção de direitos sexuais e reprodutivos para redução da morte materna”.

Realizado no auditório do nível central da Sespa, em Belém, o fórum quer qualificar profissionais das 13 regiões de saúde do Pará em diversos temas como investigação de óbitos, dengue na gravidez e no puerpério, síndromes hipertensivas e as hemorragias pós-parto.  

O evento também faz alusão ao 28 de maio, instituído como o Dia Nacional de Redução de Mortalidade Materna, e associado à lei estadual nº 9.786, em que destaca a última semana de maio como a de Combate à Mortalidade Materna no Pará.

De acordo com o sistema de saúde público, é considerada morte materna todo óbito de uma mulher durante a gestação ou em até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração da gravidez.

Coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira destaca as prioridades do governo estadualA coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira, destaca que o enfrentamento à mortalidade materna, infantil e fetal é uma das prioridades do governo estadual e a realização do fórum este ano tem como foco uma nova iniciativa para qualificação da saúde das mulheres, considerando a ampliação da oferta contraceptiva, com foco na promoção de métodos contraceptivos reversíveis de longa ação, os LARCs. 

Entre os objetivos dessa iniciativa constam a promoção de justiça reprodutiva, por meio da satisfação das necessidades contraceptivas das pessoas, a diminuição de gestação não intencional e na adolescência e a redução da morbimortalidade materna.

Durante o fórum, discute-se ainda a possibilidade de incluir estabelecimentos ambulatoriais e hospitalares nesta linha de cuidado, de forma a facilitar as pessoas a acessarem informações qualificadas, relacionadas ao direito de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.

“Resumidamente, a proposta considera que as unidades ambulatoriais de referência estadual, nas quais as pessoas já estão em atendimento, como também as maternidades, podem incluir em seus processos de trabalho a orientação para satisfação da necessidade contraceptiva, direcionando a pessoa para atendimento específico em contracepção e consequente dispensação/inserção do método escolhido”, destaca Nicolli.

Essa estratégia pretende alcançar as pessoas que perderam a oportunidade de realizar contracepção primária no âmbito municipal, na atenção primária, e que podem se beneficiar da inserção de DIU de cobre tanto nas maternidades antes da alta hospitalar, quanto durante o atendimento de suas comorbidades/condições de vida, em ambulatórios/serviços especializados. 

“De igual maneira, a estratégia estadual ainda pretende oferecer a opção pelo uso de LARCs para pessoas que estejam aguardando por método contraceptivo cirúrgico (laqueadura tubária) e que, em muitos casos, tem engravidado durante esta espera.

Igualdade de gênero - No evento, a Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) participou a partir da abordagem sobre temas como o 'Direito à Igualdade de Gênero'.

"A gente precisa interagir mais a saúde com outras áreas de conhecimento como a sociologia, a antropologia e a política, por exemplo. E as pessoas que estão inseridas neste cotidiano, médicos, enfermeiros, precisam ter esse letramento também. E, assim, despertar o olhar para atendimento às mulheres. A partir daí, esse profissional da saúde, deve realizar o exercício de se colocar no lugar do outro", disse Clarice Leonel, diretora de políticas públicas da Semu.

A representante da Semu também ressaltou a importância de acolher para fortalecer o combate à violência contra a mulher."A nossa fala hoje aqui, é uma fala mais social voltada para o acolhimento. E que, dessa forma, a gente possa fortalecer a rede de enfrentamento e atendimento a meninas e mulheres, principalmente em uma Amazônia Continental, que atravessa os corpos dessas mulheres, definindo a nossa identidade. Afinal, somos mulheres diversas", disse ainda a diretora.  

O conteúdo do evento está disponível pelo Youtube, como também é transmitido ao vivo, por meio do link do Cosems Transmissões no YouTube, acesse aqui.