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Semas participa de seminário sobre mudanças climáticas e preservação do Rio Amazonas

Foram discutidas a diversidade zoológica e botânica da foz, as populações tradicionais, ocupações humanas e formas de uso da terra, atividades produtivas, levantamentos oceanográficos, entre outros tópicos

Por Igor Nascimento (SEMAS)
24/05/2024 19h22

A crescente preocupação com as mudanças climáticas, assim como a preservação do Rio Amazonas, foram debatidos no seminário que contou com a participação do governo do Pará, representado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), e órgãos federais e instituições de pesquisa. O evento intitulado “A Foz do Amazonas: pesquisas, conservação e futuro”, ocorreu na última quinta-feira, 23, no auditório do Museu Emílio Goeldi, em Belém. 

Ao longo de todo o dia, apresentações presenciais e remotas de estudos já desenvolvidos sobre a diversidade zoológica e botânica da foz, as populações tradicionais, ocupações humanas e formas de uso da terra, atividades produtivas, levantamentos oceanográficos, entre outros tópicos.

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, participou da mesa de abertura do seminário, na qual citou a possibilidade de deslocamento das atividades produtivas para a região Norte, em função das mudanças climáticas, e necessidade de preparação para esse movimento. “Nos próximos anos é muito provável que haja um deslocamento das atividades econômicas do centro-sul do país para a Amazônia, movimento para o qual devemos estar atentos. Mais precisamente sobre a Foz do Amazonas, falando sobre fauna e flora da Ilha do Marajó, com seu enorme potencial bioeconomia, seja na produção de açaí e cacau, temos que pensar em como garantir a preservação dessa região com um olhar econômico, social, florestal e da biodiversidade marinha”, explica o secretário. 

Ele acrescenta ainda que é preciso saber como proceder, através de uma comunicação efetiva e assertiva, no diálogo com as população sobre meio ambiente. “Temos que trabalhar incansavelmente a questão da comunicação, das instituições de governos e das academias. Nós estamos enfrentando esse desafio quando levamos o conceito de bioeconomia para as comunidades, no qual boa parte ainda não compreende o que seria. Assuntos como meio ambiente e mudanças climáticas não estão no dia a dia da população, logo, cabe a nós comunicar, informar, educar e envolver melhor a população”, concluiu Mauro O’de Almeida.

A programação foi promovida pelo Museu Paraense Emílio Goeldi e pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). A programação contou com a presença de representantes de instituições como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Semas, a Agência Nacional de Águas (ANA), além de universidades e institutos dos estados do Amapá e Pará, participarão das discussões. 

As mesas redondas trataram de temas como o meio físico, biótico, uso de recursos naturais, sociobiodiversidade e áreas protegidas na região.

Texto: Lucas Quirino e Igor Nascimento (Ascom Semas)