Estado celebra o Dia Mundial da Tartaruga com ações em todo o Pará
Diversas ações de conservação estão em andamento, cada uma com impacto significativo em diferentes regiões do estado, como Salinópolis, Senador José Porfírio e São Geraldo do Araguaia
Nesta quinta-feira (23), é comemorado o Dia Mundial da Tartaruga. O Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), celebra importantes conquistas na proteção e preservação de quelônios em todo o Pará. Diversas ações estão em andamento, cada uma com impacto significativo em diferentes regiões do estado, como Salinópolis, Senador José Porfírio e São Geraldo do Araguaia.
Desde fevereiro de 2023, o Instituto, em colaboração com órgãos de segurança pública, vem protegendo 3 km do principal balneário do litoral paraense, a Praia do Atalaia, em Salinópolis. Esta área é importante para a desova de cinco espécies de tartarugas marinhas, incluindo a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea). No ano passado, aproximadamente 500 filhotes desta espécie nasceram ali, iniciando um novo ciclo de vida.
Os ovos das tartarugas-oliva foram protegidos em um berçário próximo à Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia, garantindo um ambiente seguro para o desenvolvimento dos filhotes. Esta iniciativa foi fundamental para a continuidade da espécie, que enfrenta diversas ameaças devido à atividade humana e às mudanças climáticas.
Xingu - No Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio, no sudeste paraense, o monitoramento, coleta e soltura de quelônios têm sido extremamente bem-sucedidos. Em 2023, mais de 200 mil filhotes de tartarugas-da-amazônia, tracajás e pitiús foram reintegrados à natureza na UC. Este trabalho, coordenado pelo Ideflor-Bio com apoio da iniciativa privada, tem se destacado como um exemplo de conservação eficaz.
“Com o sucesso alcançado, os esforços de proteção e monitoramento no Revis Tabuleiro do Embaubal continuarão em 2024. O compromisso com a conservação das espécies é essencial, especialmente para aquelas ameaçadas de extinção. A colaboração entre o governo, entidades privadas e voluntários é crucial para o avanço das ações de preservação”, enfatizou o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho.
Araguaia - Em São Geraldo do Araguaia, na região sudeste paraense, a soltura de quelônios têm apresentado resultados notáveis. Em 2023, um projeto liderado pelo aposentado Alípio Murici, com o apoio do Instituto Ambiental Xambioá e do Ideflor-Bio, resultou na integração de 6 mil animais à natureza em um único dia. Este feito histórico é fruto de uma década de trabalho árduo e dedicado.
Os esforços no rio Araguaia são focados em áreas específicas como a praia em frente ao porto do IAX e nas comunidades de Ilha de Campos e Santa Cruz. Estas regiões fazem parte da zona de amortecimento de duas Unidades de Conservação: o Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas e a Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia. A participação de alunos da rede pública na soltura dos animais evidencia o papel educativo do projeto.
Para a gerente da Região Administrativa do Araguaia, Laís Mercedes, “essas ações de soltura são fundamentais para a recuperação das populações de tartarugas-da-amazônia e tracajás, que estavam em declínio na região. A educação ambiental e a conscientização comunitária são pilares importantes para a sustentabilidade desses esforços, garantindo que as novas gerações compreendam e valorizem a importância da conservação”, frisou.
Conscientização - O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, afirma que o Dia Mundial da Tartaruga é uma oportunidade para refletir sobre a importância da preservação dessas espécies. Ele ressalta que as iniciativas do Ideflor-Bio são exemplos inspiradores de como a intervenção humana pode reverter danos ambientais e promover a biodiversidade.
“As ações desenvolvidas pelo Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, têm se destacado como fundamentais na proteção de quelônios. A colaboração entre diferentes setores e a participação da comunidade são elementos-chave para o sucesso desses programas. A preservação das tartarugas não é apenas uma vitória ambiental, mas também um legado para futuras gerações”, disse Nilson Pinto.