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Sespa promove oficina para avaliar controle da malária no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/12/2015 14h50

A Coordenação Estadual de Malária, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou nesta quinta-feira (17), no auditório do hotel Beira Rio, a "8º Oficina de Avaliação do Programa de Controle da Malária no Pará". Durante o evento foram avaliadas as ações executadas pelos municípios que abrangem onze Centros Regionais de Saúde (1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 9°, 11º, 12º, 13º). O objetivo foi promover a integração entre os municípios com divisões geográficas que influenciam na dinâmica de migração entre as fontes de infecção.

O encontro reuniu secretários municipais de Saúde, diretores de Centros Regionais e coordenadores de endemias das regiões norte, norte-leste, extremo norte, nordeste, sudeste e sul do Pará. Também esteve presente o representante da coordenação Nacional do Programa de Controle da Malária, do Ministério da Saúde, Braz Padilha.

Foram avaliados também os indicadores das oficinas realizadas ano passado, para saber o que avançou e o que precisa mudar para melhorar as ações em 2016. No Pará, De janeiro a dezembro de 2015 foram registrados 9.998 casos de malária, sendo que em 2014, neste mesmo período, o número de casos confirmados foi de 13.680. Houve redução de 26,9% em todo o estado.  

A coordenação atua em parceria com os municípios na prevenção, no diagnóstico e na capacitação de profissionais. As medidas mais indicadas para quem vive nas áreas de risco são a instalação de telas em portas e janelas e o uso de mosquiteiros. Segundo o coordenador estadual do Programa de  Controle da Malária, Cláudio Cardoso, além de medicar é fundamental conscientizar a população sobre a importância de todas as ações preventivas. “É imprescindível que a população siga as orientações de prevenção. É importante também que o paciente comece o tratamento da doença no máximo em 48 horas após o contágio”, ressaltou.

As ações de prevenção e combate são realizadas com o apoio de barcos grandes e voadeiras que levam microscopistas para os municípios. Além, é claro, da distribuição de mosqueteiros para prevenção da doença à população, principalmente dos municípios de difícil acesso”, disse Bernardo Cardoso, diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa.

Para livrar a população da doença no estado também foram implantadas Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDT) em todo o território paraense. São 860 no total. Além disso, as equipes de campo estão equipadas com motos, carros e utilizando microscópios que ajudam a detectar a doença juntamente com as secretarias de Saúde dos 144 municípios. 

Em 4 anos - O número de casos caiu de mais de 180 mil, em 2010, para cerca de 11,6 mil em 2014. As principais ações que levaram a esse resultado positivo foram a distribuição de 157 mil mosquiteiros impregnados de inseticida entregues gratuitamente à população ao longo dos últimos quatro anos e a garantia de funcionamento das Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDT), onde são feitos os exames laboratoriais para diagnóstico da malária e distribuídos os medicamentos. Desde a década de 90, o controle da malária é focado no diagnóstico precoce e tratamento da doença. A borrifação, que tem como alvo o mosquito, é usada em casos especiais, devido ao risco de contaminação das pessoas e meio ambiente.