Programa de desenvolvimento e integridade da pecuária avança com Plano de Ação
Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) preside o Conselho Gestor do programa e coordena o processo para a identificação individual do gado
O Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária paraense avança com o plano estratégico de ação, para que a implantação inicie ainda neste semestre. Durante encontro do Conselho Gestor do programa, na quinta-feira (16), foram discutidos os incentivos que serão oferecidos aos produtores rurais, a requalificação comercial, e os padrões operacionais do sistema de rastreabilidade de bovinos e bubalinos, um dos pilares do programa.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) preside o conselho e coordenará o processo para a identificação individual de todo o rebanho do Estado. Na reunião, desta quinta-feira, a equipe da Adepará apresentou as alterações realizadas na Minuta dos Padrões Operacionais para executar o trabalho. O documento vai padroniza todo o processo, com regras e métodos que deverão ser seguidos pelos produtores e frigoríficos.
"A Adepará apresentou a minuta da portaria dos padrões operacionais da rastreabilidade ao Conselho Gestor, onde os membros fizeram sugestões que enriqueceram o conteúdo do documento e que serão adaptadas pela nossa equipe técnica para que possamos implantar um programa que atenda toda a cadeia produtiva da pecuária", concluiu Josino Santos, diretor de defesa e inspeção animal.
Para desenvolver a identificação individual dos animais e iniciar o processo, A Agência de Defesa criará a Unidade de Controle e Rastreabilidade Animal (Ucra), definiu o sistema informatizado base do programa, o Sistema de Gestão Agropecuária (SIGEAGRO), além de estar desenvolvendo os gerenciadores dos brincos para a identificação individual. A previsão é começar os testes pilotos ainda neste semestre.
O programa de Requalificação Comercial, que visa simplificar o processo de desbloqueio de produtores que encontram-se com algum tipo de passivo que impedem a comercialização de seus animais será coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) que já iniciou os testes em dez propriedades localizadas em diversos municípios do Estado.
"As primeiras requalificações já foram iniciadas em 10 propriedades, e dentre elas 2 já estão concluindo o processo para voltarem a comercializar para os frigoríficos. Em breve, elas receberão o certificado. Nesses processos, estamos realizando alguns ajustes e melhorias para que possamos lançar oficialmente ao produtores ainda neste semestre", afirmou o secretário adjunto da Semas, Raul Protázio.
Durante o encontro, os membros do conselho também conheceu o resultado de um estudo sobre incentivos para os produtores rurais que aderirem ao programa, apresentado pela Bain & Company, que mostrou 20 opções de incentivos visando beneficiar os pequenos, médios e grandes produtores, contemplando a todos.
Também foi apresentado ao Conselho, as contribuições da agricultura familiar coletadas durante um encontro realizado na semana passada com os representantes da categoria de 50 municípios e 11 regiões de integração. As dúvidas dos produtores familiares, assim como as suas recomendações para que possam aderir ao programa, foram organizadas pela Secretaria de Agricultura Familiar do Estado do Pará (Seaf).
"Realizamos mais uma reunião do conselho gestor do programa, e tivemos avanços significativos dentro do nosso plano de ação das suas diretrizes. Avançamos no estudo de incentivos aos produtores que aderirem ao programa, definimos como os produtores podem ser assistidos e ter seus produtos valorizados. Ouvimos propostas de soluções mais modernas para que possamos realizar a identificação individual dos animais. O plano de ação já está montado, tendo alguns ajustes específicos para que possa já ser colocado em prática junto com a equipe da Adepará e demais integrantes", ressaltou Ulysses Cabette, Assessor Jurídico da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e Pesca.
O projeto é vinculado aos demais programas ambientais já existentes, e visa, além do desenvolvimento econômico da pecuária paraense, assegurar a sanidade do rebanho, oportunidades de abertura de novos mercados, valorização dos produtores e de seus produtos, e obter o controle do trânsito de todos os bovinos e bubalinos que circula no território paraense, por meio da Rastreabilidade.
O Conselho é composto pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará ,(Adepará), que o preside, pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), do segmento da Produção Rural e da Indústria da Carne.