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AGRICULTURA E PESCA

Estado incentiva beneficiamento da produção de mandioca no oeste do Pará

Iniciativa da Ufopa e do IFPA, com parceria da Sedap, o ‘Maniva Tapajós’ já atende cerca de 300 produtores em cinco municípios, que recebem mudas melhoradas geneticamente

Por Gustavo Campos (SECOM)
15/05/2024 08h10

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), desde 2021, é parceira da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e do Instituto Federal do Pará (IFPA) no fomento ao Programa Maniva Tapajós, que realiza pesquisa, ações e acompanhamento para melhorar o manejo da mandioca no oeste paraense.

O Programa tem 10 anos de existência, e atualmente beneficia cerca de 300 produtores em cinco municípios da Região de Integração Baixo Amazonas: Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos, Óbidos e Juruti. A expectativa da coordenação é que, em 2024, agricultores de Alenquer também sejam atendidos com a produção de mudas, formação e capacitação, assistência técnica e utilização de tecnologia no campo. Mais de 100 alunos da Ufopa e do IFPA integram o programa de extensão rural.

“O que a gente faz é a transferência de tecnologia social para o campo. A gente produz as mudas de maniva-semente regionais, e com qualidade genética. Implantamos com os produtores e fazemos o incremento da produção, com o manejo adequado. Toda a nossa equipe vai para o campo, levar esse trabalho para os produtores e também trazer os dados para a Universidade. A Sedap é nossa parceira, traz material de plantio para a gente assentar no campo, junto com o material que é produzido aqui”, explicou a professora Eliandra Sia, coordenadora do “Maniva Tapajós”.

Líder na produção - Segundo dados da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), o Estado do Pará detém as maiores áreas plantadas de mandioca do Brasil, com 20,97% do total, mas ainda apresenta uma produtividade abaixo da média nacional. A Sedap já repassou mais de 50 mil unidades de maniva-sementes, com qualidade genética certificada pela Embrapa, para auxiliar no trabalho realizado pelo “Maniva Tapajós”.

“O Programa surgiu devido às doenças da mandioca, uma demanda que chegou à Universidade e deu início às pesquisas. Em 2021, o projeto sai da Ufopa e vai para o campo. A gente acompanha os projetos nos municípios. É a partir da ciência, da pesquisa, da produção dessas mudas em laboratório, com qualidade genética, resistentes às doenças, que a gente potencializa o desenvolvimento econômico e sustentável na nossa região”, destacou a coordenadora regional do Baixo Amazonas de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Alda Luz.

Biofábrica - Atualmente, o Programa Maniva Tapajós conta com um Laboratório de Micropropagação de Plantas in Vitro dentro da Ufopa, onde são produzidas algumas das mudas melhoradas geneticamente para o manejo na região.

Na última segunda-feira (13), a coordenação do Programa firmou parceria com a empresa Alcoa (que atua na cadeia produtiva do alumínio), para possibilitar a transformação do laboratório em uma biofábrica, aumentando a produção de mudas de 40 mil para 120 mil só no primeiro ano de funcionamento. A previsão para a biofábrica operar oficialmente é fevereiro de 2025.

“Nesta fase, a Ufopa vai conseguir entrar em um nível bem maior de produção das mudas. Isto é um marco porque, hoje, a gente produz para pesquisa e para algumas ações, mas agora vamos conseguir produzir muito mais e compartilhar com um número maior de pequenos produtores, independentemente se eles fazem parte do projeto ou não”, afirmou a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier.

“O governo do Estado está sempre junto das boas iniciativas, como a do Programa Maniva Tapajós, que cuida do pequeno produtor e ajuda na produção rural, tão importante para toda a nossa população. A gente acompanha o trabalho nos municípios, apoia e fomenta as ações, para que cada vez mais agricultores sejam beneficiados e possam garantir seu sustento com uma produção de qualidade”, destacou o secretário Regional de Governo do Baixo Amazonas, João Pingarilho.