Plano Estadual de Bioeconomia analisa resultados e adere novas ações
Para avaliar as ações já propostas e inserir novas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou a oficina de revisitação do plano
O Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) do Pará segue a implementação de ações com soluções baseadas na natureza para transformar o cenário econômico atual em uma economia de baixo carbono e com valorização do conhecimento tradicional, que há milênios sabe como conservar a floresta. Para realizar a avaliação desses resultados e integrar novas secretaria do governo foi realizada uma grande oficina de trabalho entre os integrantes do comitê gestor do Plano, nos dias 14 e 15, na sede da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapespa).
O PlanBio conta com ações que abrangem três eixos distintos, sendo eles: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis; Patrimônio Cultural e Patrimônio Genético, e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Para avaliar as ações já propostas e inserir novas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou a oficina de revisitação do plano em um grande encontro do qual participaram todas as dez secretarias envolvidas com as ações.
“O processo de revisão do Planbio ao longo desses dois dias, além de favorecer o sinergismo entres as diferentes secretarias que fazem parte dessas ações, também foi elemento motivador, pois reconhecer o avanço em cada uma das secretarias traz uma grande motivação para que façamos ainda mais e melhor para esse plano, que sem dúvida vai mudar a história do estado do Pará e mudar a história da Amazônia, porque trabalhar a bioeconomia como a nova matriz econômica para essa região é indispensável para o sucesso econômico e social de todos nós”, avaliou o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.
Luz Marina Lopes de Almeida, membro do Comitê Executivo do Plano Estadual de Bioeconomia, destacou que a oficina foi planejada com o intuito de “Revisitar o plano de ação de do PLANbio, visando um realinhamento e redistribuição de responsabilidades dentro das políticas públicas”. Ela ressaltou a importância de uma abordagem orgânica na política, enfatizando a necessidade de revisões periódicas para atualização e realocação de responsabilidades entre as secretarias. Para Luz Marina, este é um momento crucial para o estado, no sentido de criar uma sinergia e alinhar a execução da política pública de bioeconomia.
O diretor científico da Fapespa, Deyvison Medrado destacou que para a Fapespa, a oficina de revisão do Plano Estadual de Bioeconomia é fundamental para alinhar a execução do plano com as outras secretarias e o governo estadual, garantindo um plano mais coeso. “A revisão é crucial devido à criação de cinco novas secretarias no ano passado, que não estavam integradas ao plano estadual. Foi necessária uma nova divisão das iniciativas previstas no Planbio. A Fapespa participa ativamente lançando editais voltados para a pesquisa, sobretudo em bioeconomia, e apoiando projetos que já atuam com essa proposta”.
Bioeconomia - Os dados revelam que um ano após o lançamento do PlanBio, 48% das 92 ações propostas foram implementadas ou estão em andamento, com 37% delas já concluídas e 11% em execução. Os dados também revelam que com 275 bionegócios apoiados e 12 marketplaces de bioprodutos da Amazônia realizados, o PlanBio garantiu capacitação para 37,9 mil pessoas, beneficiando mais de mil famílias.
"A revisão do Plano de Bioeconomia é um momento importante para podermos definir as nossas próximas ações, estabelecendo estratégias e prioridades para as iniciativas que vão garantir a continuidade do estímulo à bioeconomia no Pará. Atualmente, já estamos com mais de 50% das ações implementadas ou em execução, impactando mais de 68 mil pessoas. Ao mesmo tempo, também seguimos avançando com a estruturação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, a principal obra do PlanBio, que vai impulsionar os nossos bionegócios. Essas são provas de que o PlanBio é uma política pública que vem dando certo e que, principalmente, vem beneficiando as pessoas e a sociobioeconomia no estado”, destaca Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.
Participaram das oficinas representantes da Semas, Fapespa, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o Banco do Estado do Pará (Banpará) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).