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Palestras e trocas de conhecimento marcam o 2º dia do Festival Internacional Açaí Pará 

Entre as temáticas tratadas estiveram: Manejo de Várzea, tratamento dos resíduos sólidos, rotas Biotecnológicas para aproveitamento do açaí e mais

Por Lorena Esteves (SEDAP)
15/05/2024 19h43

Exposição dos mais diversos produtos, degustação de iguarias, intercâmbio cultural, além de troca de conhecimentos por meio de capacitações e palestras. Quem veio ao segundo dia do Festival Internacional Açaí Pará, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, pode conferir uma programação variada, com destaque para apresentações científicas, por pesquisadores(as) e técnicos(as) de referência no manejo, aproveitamento, sustentabilidade, inovação e proteção de toda a cadeia de valor do açaí.

A instituição promotora do evento é a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, por meio da Diretoria de Feiras e Mercados e da Diretoria Agropecuária, através da Gerência de Fruticultura. O coordenador de boas práticas de açaí da Sedap, Marivaldo Ferreira, destaca a importância da troca de conhecimentos, por meio da programação técnico-científica. 

“É uma parte muito importante do evento, porque ela vai esclarecer, tirar dúvidas de muitas pessoas, tanto do pequeno quanto médio e grande produtor. Então, essas palestras vão preencher muitos vazios na cadeia produtiva do açaí, com um fortalecimento que vai de ponta a ponta, não só pra quem vai apresentar seus produtos, mas para quem quer começar um negócio, iniciar um plantio, abrir um ponto e tem dúvidas quanto ao mercado interno e externo”, ressalta.

Palestras - Entre as temáticas tratadas estiveram: Manejo de Várzea, com o palestrante José Antônio, representando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); a questão do tratamento dos resíduos sólidos, com a Fábrica Esperança; as Rotas Biotecnológicas para Aproveitamento do Açaí, com Nilton Muto, da Universidade Federal do Pará (UFPA); as Placas Solares, com a Solar Energy; e a importância da Indicação Geográfica e Marcas Coletivas para a proteção dos produtos da sociobioeconomia paraense, com Márcia Tagore, engenheira agrônoma da Sedap.

Manejo do açaizal de várzea

O palestrante José Antônio, analista da Embrapa, tratou sobre a importância da preservação da diversidade florestal no manejo do açaizal nativo de várzea. “A recomendação da Embrapa para os produtores é não só aumentar a produção de fruto, mas também manter a diversidade florestal do ambiente. E isso é importante para a questão da exportação para outros países, como os Estados Unidos. Se os consumidores souberem que está havendo uma redução da diversidade, eles evitam a compra. A recomendação é simples, muito melhor e busca sempre procurar manter uma boa distribuição, tanto das touceiras de açaizeiro, quanto das outras espécies na área. Esse é o segredo e tem dado resultados muito bons!”, revela o analista.

A doutoranda Ananda Sá, que pesquisa o consumo do Açaí, em intercâmbio entre a Universidade de Coimbra, em Portugal, e a Universidade de Tours, na França, estava na plateia para conhecer o trabalho da Embrapa e explica a tese. “A minha ideia surgiu na pandemia quando vi que faltou açaí para a população ribeirinha e comecei a enxergar com outros olhos o consumo do açaí. Eu viajei e percebi que lá fora (do país), muita gente não sabe que o açaí é da Amazônia. Então, busco melhorar a proteção jurídica do valor do açaí”, explica.

Encerramento - No dia 16, quinta-feira, o Festival Internacional Açaí Pará encerrará no Porto do Açaí, no bairro do Jurunas, com a apresentação da aparelhagem Extremo Norte Som e Dj Dinho.