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CIIR adere ao ‘Abril Marrom’ e enfatiza acompanhamento da saúde ocular

Em Belém, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) reforça o compromisso com a saúde de pessoas com deficiência visual

Por Pallmer Barros (CIIR)
27/04/2024 15h20

No mês de conscientização com o foco na prevenção e reabilitação de patologias oculares, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, adere à campanha nacional do “Abril Marrom”, assegurando o direito ao serviço em saúde pública à população paraense, ato que reforça o compromisso com a qualidade de vida de pessoas com deficiência visual assistidas pela instituição. 

O centro destaca que a cegueira ou a baixa visão, é uma consequência a uma causa que na maioria das vezes é tratável, quando diagnosticada precocemente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 60% a 80% dos casos de cegueira, são evitáveis. 

De acordo com Maria Maeve, oftalmologista do CIIR, antes que os problemas de visão sejam percebidos, deve-se procurar consulta anual preventiva com o oftalmologista, mesmo na ausência de sintomas. 

“Sabe-se que 20% dos casos são irrecuperáveis. Por isso, é tão importante se preocupar com a prevenção. Isso precisa fazer parte da rotina das pessoas, desde a infância e estender por todas as fases da vida, pois existem doenças que evoluem de forma assintomática, sendo que muitas delas são silenciosas, não apresentando sintomas nas fases iniciais, deste modo, detectá-las precocemente previne a perda da visão”, observa a médica.

Entre as causas mais comuns de cegueira evitável no Brasil estão a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética. “Outras doenças causam cegueira e baixa visão na infância, de forma irreversível, como exemplo, a Toxoplasmose Ocular Congênita; Retinopatia da Prematuridade; e Glaucoma Congênito ”, informa a oftalmologista. 

A profissional salienta que no diagnóstico de Catarata Congênita pode ser realizada uma cirurgia e há boas chances de recuperação a depender da precocidade de seu diagnóstico. Todas as patologias oculares devem ser examinadas pelo oftalmologista ”complementa.

Diagnosticado com Glaucoma Congênito, o reabilitando Victor Calado, de 2 anos, realiza acompanhamento tendo o suporte da terapia de estimulação visual há pouco mais de cinco meses e mesmo em pouco tempo, a mãe, Silviane Vitória, de 33 anos, celebra o progresso do filho.

“Ele iniciou o acompanhamento no CIIR realizando a reabilitação visual com estímulos, o que foi muito importante para dar seguimento à qualidade de vida do meu filho. No início, a parte do desenvolvimento motor estava atrasada e, agora, a gente já vê um ganho muito significante nesta questão. Hoje, com o suporte das terapias, o Victor não esbarra mais em objetos dentro de casa. É incrível como ele se desenvolveu. Sobre a data, é muito importante enfatizarmos o tema disseminando informação à sociedade e conscientizando para a doação de córnea; um gesto que gera uma ‘nova vida’, principalmente, a crianças”, ressalta a genitora. 

Para iniciar a conquista de desenvolvimento, Nina Silva, terapeuta ocupacional que conduz as atividades ao menino, aponta que atualmente está estimulando a fixação e o segmento visual, que utiliza, geralmente, recurso com contraste e/ou com luminosidade que é para o reabilitando responder em diferentes níveis de luminosidade. 

“A partir daí a gente movimenta os recursos que é para ver se ele consegue acompanhar os movimentos. Ele até consegue responder as plaquinhas de contraste; atualmente ele tem uma melhor resposta quando é realizado o uso de luz. Em alguns momentos usa-se a luz, em outros, sem, para observar se ele consegue responder das duas formas de estímulos”.

A profissional complementa que ao continuar seguindo aos comandos da terapia, o Victor no futuro pode conseguir se localizar no ambiente com mais autonomia. 

“De acordo com o que a mãe nos conta em que o Victor já se locomove de forma funcional, em casa, para a sua idade e diagnóstico, está bem avançado, mas se não o estimular, pode ser que no futuro ele tenha mais dificuldade em realizar essas atividades do dia a dia. Então, é um trabalho de acompanhamento compartilhado entre a equipe profissional e a família para a evolução do reabilitando”.

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro, por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.