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Programa Forma Pará garante ensino superior nos 144 municípios paraenses

Ação do governo do Estado, através da Sectet, disponibiliza cursos para aproximadamente 10 mil pessoas com 201 turmas

Por Lilian Guedes (SECTET)
22/04/2024 10h47

Em Portel, no Marajó, estudantes em aula do curso de medicina veterináriaO maior programa de universalização do Brasil, lançado pelo governo do Pará, no ano de 2019, tem garantido acesso ao ensino superior de qualidade para cerca de 10 mil pessoas em todo o território estadual. Com uma iniciativa inovadora, o programa Forma Pará expande a oferta de vagas para cursos de graduação (bacharelado, licenciatura e tecnológica) com a união de esforços com instituições de Ensino Superior e as prefeituras municipais. 

Em Rio Maria, município do sudeste paraense, turma do curso de enfermagem A ação é coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) e, atualmente, dispõe de 199 turmas em andamento e duas já concluídas, como a turma do curso de Licenciatura em Geografia, do município de Salinópolis, em 2023; e a turma de Licenciatura em História, de Mosqueiro, distrito de Belém, formada em janeiro deste ano. 

No Marajó, no município de Curralinho, turma de HistóriaA graduada Soraya Cristina, da turma de Geografia, conta como o ensino ajudou bastante para o futuro profissional. Atualmente, ela atua como coordenadora do ensino no campo e os ensinamentos adquiridos em sala de aula lhe deram outra visão. 

Em Rurópolis, no sudoeste paraense, a turma de agronomia “Eu não estou em sala de aula, mas estou coordenadora da EJAI Campo Médio e o ensino de Geografia tem me ajudado bastante, porque além de poder orientar a minha professora de Geografia, eu posso orientar os meus alunos. Agora, tenho outra visão, já que estou trabalhando diretamente com os alunos da Educação no Campo, o que muda totalmente a visão de antes pra essa visão de agora. Venho trazendo a Geografia voltada para a Educação Especial, pois, além de pedagoga, agora professora de geografia, eu também sou professora de Libras e Língua Portuguesa para surdos. Então tudo que eu fiz durante os quatro anos do curso foram voltados para a Educação Especial, mostrando que já que a Língua Portuguesa pode ser aplicada através das Libras para pessoa surda, por que não a geografia também não pode ser, para surdos, cegos e deficientes visuais?”, disse Soraya.

Turma em trabalho de campo de agronomia em RurópolisO programa atende as 12 Regiões de Integração e está nos 144 municípios do estado do Pará, ofertando 9.775 vagas distribuídas em 201 turmas com a parceria de seis universidades públicas, como a Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e o Instituto Federal do Pará (IFPA). 

Para que haja novas ofertas de turmas de ensino superior, a demanda deve vir da prefeitura municipal, via ofício, bem como a justificativa socioeconômica para a oferta do curso demandado e o preenchimento de alguma lacuna socioeconômica no município para que seja feito o investimento em mão-de-obra qualificada, uma vez que é necessário inserir o profissional recém-formado ao mercado de trabalho, visando aumentar a mão-de-obra qualificada e, por consequência, a diminuição da taxa de desemprego no estado do Pará.

Desse modo, após aprovada a demanda, é feita uma consulta pública ao Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com objetivo de identificar qual instituição pode ofertar o curso, feito o levantamento das sedes do IES sob o critério de estarem logisticamente mais próximas do município.

Turma de enfermagem do Forma Pará posa para foto em Rio MariaDemanda que é realizada no município de Rio Maria, na Região de Integração do Araguaia, com os cursos de Enfermagem (2022) e Engenharia Civil (2021), totalizando uma oferta de 100 vagas em nível superior para a cidade. 

Carlene Cruz é uma das estudantes do curso de Enfermagem, iniciado em agosto de 2022. Atualmente, ela está no quarto semestre e conta que ficou sabendo do programa através das redes sociais e está feliz e grata pela oportunidade. 

“Essa iniciativa veio para desmistificar a ideia que somente pessoas que habitam em grandes cidades podem ter acesso às melhores instituições de ensino superior. O programa trouxe oportunidades para pessoas que residem às centenas de quilômetros dos polos universitários e que em muitas das vezes não teriam condições financeiras de arcar com uma formação superior em universidades privadas a oportunidade de receber um ensino de qualidade”, disse a graduanda que tem grandes expectativas para o mercado de trabalho “são as melhores em relação a mercado de trabalho, realização profissional e pessoal. O programa oferta formações diversas em universidades conceituadas o que permite infinitas possibilidades de atuação, abrindo assim um leque de oportunidades para seus usuários”, finalizou a universitária Carlene Cruz.

O programa tem sido uma grande janela de oportunidades para a inserção no mercado de trabalho, como ressalta o coordenador do Forma Pará, Daniel Sidônio.

Turma Tecnologia em Agroecologia no campus de Breves/Polo Cachoeira do Arari, no Marajó“O Forma Pará tem sido uma ferramenta de democratização de acesso ao ensino superior, levando oportunidade a jovens, adultos e idosos, além de fomentar capital intelectual, empreendedorismo, oportunidade de empregos e desenvolvimento local e regional”, pontou Sidônio.