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CIIR adere ao 'Dia Roxo' e enfatiza conscientização sobre Epilepsia

Em Belém, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) disponibiliza tratamento para a doença neurológica crônica que provoca crises convulsivas

Por Pallmer Barros (CIIR)
26/03/2024 09h01

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, aderiu às comemorações pelo Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, lembrado nesta terça-feira (26), e denominado de "Dia Roxo”. A data destaca a importância de enfatizar para a sociedade informações e serviços de saúde pública sobre a doença neurológica crônica que provoca crises convulsivas repetidas e que podem se repetir. O CIIR garante acompanhamento de uma forma global.

De acordo com a médica generalista, Letícia Shibata, que conduz as consultas de Telemedicina em Neuropediatria, há diversos tipos de epilepsia, e elas se distribuem de maneira igualitária entre os gêneros.

“Podem acontecer em qualquer faixa etária, existindo aquelas que podem ser congênitas e também as que podem ser adquiridas ao longo da vida. O que define o acompanhamento, a gravidade e a necessidade de usar medicação são as características das crises, sua frequência e idade em que as crises começaram, além de outros fatores associados, tais como a causa e a presença de outras patologias”, explicou Shibata. 

A médica pontua que, normalmente, a população associa a Epilepsia às crises convulsivas, mas elas não são necessariamente sinônimas. “É importante a gente diferenciar o que é crise convulsiva, epilepsia e síndromes epilépticas. Toda epilepsia tem crises convulsivas, mas nem toda crise convulsiva caracteriza-se epilepsia”, comentou ao detalhar que  crise convulsiva é o momento em que o corpo parece ter um curto-circuito.

A epilepsia é a doença que causa a recorrência dessas crises. “Já a síndrome epiléptica está associada a outros fatores, como por exemplo, atraso no desenvolvimento, algumas alterações de mau formação, história familiar muito importante, entre outras alterações no corpo”, esclarece Letícia Shibata.  

Como Identificar

Normalmente, a crise convulsiva acontece como se fosse um sinistro, pois a pessoa parece que está tendo um choque. O corpo normalmente fica rígido, algumas vezes perde o equilíbrio e pode cair. Algumas pessoas podem ficar inconscientes durante esse processo. 

Diante de uma crise, o principal é proteger a cabeça, observa a doutora Letícia Shibata. “Como o corpo começa a se tremer muito, é comum bater a cabeça, então devemos apoiar a cabeça de maneira confortável e afastar móveis de perto. O corpo pode ser colocado de lado, para que a vítima não engasgue ou não respire a própria saliva. Ficar em alerta caso essa crise dure mais que cinco minutos. Para ambos, deve-se ligar para o 190 ou 192, que são os códigos de assistência em casos de urgência”.  

Acompanhamento – No CIIR, a Epilepsia pode ser abordada de duas maneiras principais. Um deles  é o diagnóstico e, a outra, o tratamento de manutenção. “Além do neuropediatra, podem estar aptos a avaliar inicialmente tanto o clínico geral, quanto o pediatra. Os especialistas são mais necessários quando as crises são mais complexas”. 

A médica observa ainda que existem aqueles indivíduos que têm outras condições associadas, como doenças genéticas, paralisia cerebral ou que já sofreram algum tipo de acidente e, como consequência, desenvolveram Epilepsia. Para estes, é necessário também o acompanhamento da equipe multiprofissional. 

“O CIIR atua tanto como rastreio de epilepsias na solicitação de exames, sejam eles de imagem ou para detectar as convulsões. É importante também os exames laboratoriais para investigação de outras condições orgânicas, como  outras doenças do corpo de maneira geral que podem estar causando as convulsões. Nesse momento, após o retorno, é possível  fechar o diagnóstico de crises convulsivas isoladas, epilepsia ou síndromes epilépticas”.

Além do acompanhamento com a equipe médica ambulatorial, existe o Time de Resposta Rápida (TRR),  composta por médico e equipe multidisciplinar treinados para intervir em caso de crises convulsivas que aconteçam como emergência dentro do espaço físico da instituição

“O Mateus se deparou com a epilepsia há um pouco mais de ano. O CIIR tem suporte e os terapeutas conseguem identificar com agilidade quando vai ter alguma intercorrência. Ele tem um comportamento social muito bom e bem interessante. Com as terapias, foi uma grande conquista a parte social e independência. Tem ainda as Atividades de Vida Diária (AVD), ABA e a fonoaudiologia para ajudá-lo na comunicação alternativa, pois é não verbal”, pontua Catarina Guimarães, de 63 anos, avó do reabilitando Matheus Marçal, de 13 anos, que possui o diagnóstico de autismo e epilepsia. 

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às pessoas com Deficiência (PCDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SRE).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.