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CIIR celebra o Dia da Infância com mais de 35 mil atendimentos em 2024

Por Pallmer Barros (CIIR)
20/03/2024 18h28

Nesta quinta-feira (21), quando é celebrado o Dia Mundial da Infância, o Centro Integrado de Inclusão Reabilitação (CIIR), em Belém, celebra a data com a promoção de saúde pública centrada nas crianças com deficiência. No Centro, a reabilitação desses pequenos engloba as linhas visual, auditiva, intelectual e física, por meio do Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) e os Centros Especializados, em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) e em Reabilitação (CER IV). Só nos primeiros meses de 2024, já foram realizados 35.979 atendimentos aos pequenos paraenses.

A diretora Técnica do CIIR, Fabrícia Maciel, pontua que apesar de os cuidados com as crianças serem importantes em qualquer idade, os primeiros mil dias de vida do ser humano são decisivos para o desenvolvimento integral.

“Desde o útero materno aos primeiros passos, passando pelo aprendizado das primeiras palavras e até a entrada na escola, a criança passa pelo enfrentamento de inúmeros desafios, principalmente, àquelas com deficiência. Apesar de tantas mudanças que ocorrem neste período, diversos direitos devem ser ofertados e entre eles, a saúde e inclusão, o CIIR garante às crianças paraenses”, destaca a médica.

Suporte terapêutico – Entre as intervenções realizadas pela instituição, destaca-se a Terapia de Exercício em Movimento ofertada no Cetea. De acordo com a terapeuta que conduz a atividade, Beatriz Macedo, profissional de educação física, o plano terapêutico atua nos aspectos motores da criança para expandir o repertório motor com atividades de circuito.

“Monta-se um plano terapêutico para a criança pular, correr e saltar e, desta maneira, estimular as habilidades motoras fundamentais que ela precisa desenvolver na infância e, essas atividades, são importantes para que a criança se desenvolva da melhor forma obtendo força muscular, resistência e velocidade para ser aplicada no seu dia a dia”. 

Para alcançar os objetivos traçados de reabilitação, a terapeuta pontua a utilização de ferramentas lúdicas, tais como, o tatami, colchão, bola, cones e pratinhos. “É utilizado também os rolinhos e o túnel com o intuito de desenvolver, principalmente, a coordenação motora global, que a gente vai trabalhar aspectos de lateralidade e de força. A lateralidade é fazer com que a criança saiba definir os lados, direito e esquerdo, assim coordenar os seus movimentos, isto é, se localizar no espaço para se movimentar da melhor forma possível”.

Ana Karla Nascimento, de nove anos, tem em seu acompanhamento a Terapia de Exercício em Movimento e mesmo em poucos meses, a mãe, Quezia Nascimento, de 43 anos, celebra o desenvolvimento da criança. 

“Em dois meses na atividade, consigo perceber mudanças positivas de comportamento da Ana Karla, principalmente, no sentido de interação com outras crianças e a realizar algumas tarefas em casa, como arrumar os brinquedos. E daqui para frente, a minha expectativa é que ela consiga ter mais autonomia para realizar as tarefas do dia a dia de acordo com a idade dela”.

Pelo outro lado, no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), há cinco anos sendo acompanhada no CIIR passando por diversas terapias que a potencializa, Ana Maria Gomes, de 11 anos, utiliza em seu cronograma de reabilitação, a PediaSuit. Diagnosticada com Hidrocefalia e Mielologoncele, a garotinha condiciona a bipedestação, que é a posição ereta apoiada em ambos os pés, além de ser estimulada a cada grupamento muscular diferente.

“A roupa de PediaSuit vai alinhar forçando o corpo a ficar na postura adequada, logo, o macacão utilizado foi pensando com os mesmos moldes dos astronautas de antigamente, tudo em razão do espaço não ter a força da gravidade, que é muito importante para a coordenação motora e postura corporal do ser humano aqui no planeta. Quando o astronauta vai para o espaço, perde-se a densidade muscular. Portanto, a roupa simula essa gravidade forçando o músculo da pessoa a permanecer naquela posição induzido por meio do seu cérebro sem que ela perceba, desta forma, o corpo vai organizando a postura correta no momento de realizar algum movimento”, explica o terapeuta ocupacional, Luiz Mesquita, condutor da atividade.

Yvens Gomes, de 43 anos, classifica a reabilitação da filha como evolutiva. Antes de iniciar o acompanhamento no CIIR, de acordo com o pai, o andar tão desejado para a família começa a ser dado aos poucos. 

“Em casa, a gente continua com a dinâmica, claro, sem a Pediasuit. O terapeuta (Luiz Mesquita) nos ensina um método para estimulá-la a andar e está dando certo. Estou muito feliz com a evolução dela. Graças ao plano terapêutico, agora, a Ana é autônoma, claro, dentro de suas limitações com o ambiente proporcionando acessibilidade”.

Arte e Cultura – Além do suporte terapêutico, o CIIR disponibiliza o setor de Arte e Cultura que conduz, por intermédio de recreadores e de palhaçaria, atividades lúdicas com as crianças nos intervalos dos atendimentos. Em seu escopo, o serviço oferta Oficinas que trabalham as quatro linguagens artísticas: Teatro, Música, Dança e Artes Visuais que visam complementar o plano terapêutico do reabilitando.

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SRE).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.