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Agricultoras fortalecem o trabalho no campo com sustentabilidade econômica e socioambiental

Engenheira agrônoma da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (Sedap), Dulcimar Melo, destaca o papel primordial das mulheres na área rural

Por Lorena Esteves (SEDAP)
08/03/2024 09h54

Engenheira agrônoma da Sedap, Dulcimar Melo: 'a mulher está avançando na luta, em todos os setores', destaca ela. A Amazônia paraense é uma região com grande diversidade de recursos naturais e de povos que possuem uma relação vital com a terra, baseados na sustentabilidade socioambiental e geração de emprego e renda, com crescente protagonismo das mulheres na gestão das atividades no campo e no agronegócio. 

No dia dedicado às mulheres, a engenheira agrônoma da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará (Sedap), Dulcimar Melo, destaca o papel primordial do trabalho no campo que mulheres agricultoras possuem no estado, onde são desenvolvidos diferentes tipos de lavouras.

“A gente observa que nós mulheres temos ocupado espaços na sociedade, exercendo um papel muito importante no campo, na cidade, no agronegócio. A mulher está avançando na luta, em todos os setores. Aqui na Sedap, temos mulheres à frente de cargos de gestão, apoiando e fortalecendo todo o trabalho que é desenvolvido na Secretaria”, explica a engenheira.

A agricultora paraense, Maria Jeanira Pereira, é um exemplo dessas mulheres agricultoras que trabalham para gerar renda e alimento para a família e comunidade. Ela é presidenta da Pará Orgânico - Associação de Produtores/as Orgânicos do Pará e produz diversas plantas, hortaliças e frutas, como alface, chicória, jambu, agrião, banana, macaxeira, tucupi, entre outras, que estão nas mesas das famílias paraenses.

“Ser mulher e agricultora é fundamental na sociedade, porque nós mulheres estamos lidando com a terra, produzindo produtos orgânicos, gerando nossa renda, nosso alimento e ainda levando alimento para as mesas das pessoas”, destaca Jeanira.

Entre esses cultivos, o Pará está em 1º lugar na produção nacional de cacau (53,31%, segundo dados do IBGE 2023) e a produtora Míriam Fredericci, de Medicilândia, Região do Xingu, contribui para a qualidade do cacau produzido no estado. Ela já representou o Pará em diversas premiações nacionais e internacionais, ganhando recentemente ouro na cerimônia de premiação Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), em Amsterdã, na Holanda.

“Ser uma mulher da agricultura é a melhor coisa que tem. A vida no campo pode ser pesada, mas, a gente fica com a cabeça tranquila, sem a correria da cidade. Temos a liberdade de criar nossas crianças soltas no terreno, brincando com a terra. Aqui na roça, é um mundo perfeito!”, conta Míriam.

Fortalecimento em Associações 

Tanto Jeanira quanto Miriam participam de Associações para fortalecer a união entre elas e possibilitar maior competitividade no mercado. Míriam é integrante da Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) que conta com a união de agricultoras/es familiares que produzem cacau orgânico e de forma sustentável na Amazônia.

Maria Jeanira, além da Pará Orgânico, participa da Aprocamp - Associação dos Produtores e Produtoras Rurais de Campo Limpo. “Eu já trabalho há muito tempo como associada, é um papel fundamental estarmos inseridas nessas associações para dar força para nosso trabalho e força para outras também. Pra gente estar sempre juntas nessa luta e levar nosso trabalho adiante!”, destaca.

Na Coopatrans, Míriam conta que as integrantes têm a oportunidade de fazer cursos de empreendedorismo para fortalecimento da renda das mulheres e jovens. “A presidenta da associação costuma trazer vários cursos para mulheres, homens e jovens. A gente se organiza e demanda o curso que almejamos, aí a associação se organiza e traz o curso pra gente, algumas queriam curso de corte e costura e estipulamos uma quantia de mulheres para trazer o curso”, explica.