Conselho do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovídea busca na prática referências no sudeste do Estado
Buscando parâmetros para elaborar um projeto que será referência no país, o Conselho Gestor do Sistema de Rastreabilidade Bovídea percorreu durante esta semana, a região sudeste do Estado, realizando visitas técnicas às empresas que já possuem implantado a identificação individual dos animais. As visitas iniciaram na última terça-feira (05) e se encerrou nesta quinta-feira (07), quando o Conselho percorreu os municípios de Marabá, Xinguara e Rio Maria.
A região foi escolhida para a primeira visita do Conselho estrategicamente, onde que concentra estabelecimentos frigoríficos que já implementam o programa de rastreamento, que incluem as propriedades de onde compram os bovinos. E foi uma oportunidade para que pudessem debater as melhores estratégias de desenvolvimento do programa.
Para Jamir Macedo, diretor geral da Adepará, e quem preside o conselho, conhecer na prática como funciona o processo de rastreio dos animais dentro do Estado faz com que o programa seja elaborado com diretrizes que atendam todas as classes da cadeia produtiva, da regularização das terras à produção do rebanho.
"É muito importante para nós do conselho gestor ir a campo para conhecer os projetos de rastreabilidade e cases de sucesso que temos em nosso Estado. Tivemos momentos muito importantes durante as visitas, onde entendemos a operacionalização de algumas iniciativas que leva assistência técnica e possibilita o acesso à regularização das propriedades rurais, principalmente dos pequenos produtores. É essencial frisar, que nosso projeto é inclusivo, e todas essas iniciativas geram conhecimentos que podem ser empregados no programa de integridade da cadeia da pecuária".
A visita iniciou no Frigorífico JBS, localizado no município de Marabá, onde conheceram mais sobre os programas de Escritórios Verdes, que atua com a regularização ambiental das propriedades fornecedoras por meio de consultorias, além de apresentarem o projeto de identificação eletrônica dos bovinos realizada na empresa com a tecnologia RFID e brinco inviolável.
O Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos (PRIMI) foi apresentado pelo Frigorífico Rio Maria. Durante a visita nas instalações da empresa, membros do conselho puderam conhecer na prática, como a empresa realiza todo o seu processo de identificação individual dos bovídeos, realizado por meio de brincagem, e que se inicia no curral e termina no abate, dentro do frigorífico, onde o animal é identificado por etiquetas.
Um encontro no Sindicato Rural de Xinguara também foi realizado entre o Conselho Gestor do programa e os produtores rurais do município e regiões, para conhecer as demandas da cadeia produtiva e assim, desenvolver um programa que atenda do pequeno ao grande produtor.
"Todo produtor precisa ter o controle de sua propriedade, se não tiver o controle em números, não tem como saber se está tendo sucesso em seu empreendimento, e com a identificação dos animais individual você consegue apurar melhor os números. Possibilita saber se o animal está se desenvolvendo bem ou não. E com esse encontro, tivemos a oportunidade de conhecer como o programa será desenvolvido", ressaltou José Fabio, pecuarista da região.
Identificação individual Bovídea
O Conselho Gestor do Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária do Pará, idealizado pelo Governo do Estado, é composto pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará ,(Adepará), que preside o Conselho, da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), do segmento da Produção Rural e da Indústria da Carne.
Visando obter o controle efetivo do trânsito de cada animal pelo território paraense, tendo como pilar a rastreabilidade de bovinos, o processo de rastreio que será coordenado pela Adepará, tem a previsão de iniciar em junho, dividido em três fases, iniciando pelos municípios com os maiores rebanhos, e finalizando no Arquipélago do Marajó, região mais específica.
A iniciativa governamental é também vinculada aos demais programas ambientais já implantados, que garantirá o desenvolvimento da cadeia e a qualidade do rebanho, promovendo sustentabilidade e aumentando a produtividade e renda dos produtores.
Última Campanha contra a Febre Aftosa
Antecipada para o mês de abril, uma última campanha de vacinação contra a febre aftosa será realizada no Estado antes da retirada definitiva da vacina.
Após a suspensão e seguir todas as recomendações específicas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o Pará passará para o novo status sanitário, Zona Livre da febre Aftosa sem vacinação. E o processo de rastreabilidade bovídea também será essencial para manter a preservação sanitária do rebanho, depois da retirada da vacina.