Governador destaca oportunidades que a COP 30 trará à Amazônia
Helder Barbalho participou, em São Paulo, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, ao lado de lideranças políticas e ambientais
O governador do estado, Helder Barbalho, destacou, durante o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, realizado nesta terça-feira (27), em São Paulo, as oportunidades que a COP 30 trará para a Amazônia. O evento contou com a presença de lideranças empresariais e políticas da área ambiental. O Fórum ocorre às vésperas do encontro do G20 que vai reunir, na capital paulista, ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais das maiores economias do mundo. A capital paraense, Belém, também está entre as cidades escolhidas para receber atividades do G20.
O primeiro compromisso realizado pelo chefe do Executivo paraense, que também preside o Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal, foi a abertura do painel: "Oportunidades e estratégias para ampliar o financiamento de Soluções Baseadas na Natureza no Brasil". A programação realizada tem como foco o financiamento para alavancar as chamadas "Soluções Baseadas na Natureza" (NBS), juntamente com a exploração de estratégias inovadoras para o enfrentamento de desafios e atrair recursos nesse campo.
"Nos últimos anos o Pará fez a escolha ambiciosa, desafiadora de fortalecer e construir políticas públicas que possam proporcionar a transição do uso do solo e de modelo econômico. O que precisamos agora é estruturar ações que nos permitam ganhar escala e gerar entregas. Não dá para discutir sustentabilidade ambiental sem sustentabilidade social e, consequentemente, sustentabilidade econômica", disse o governador.
Helder Barbalho destacou que o cenário atual representa uma oportunidade para valorização da economia da floresta, com a participação dos países do chamado Sul Global.
"É a grande chance do sul global dizer qual ação e o que faremos para que a floresta viva possa valer mais do que floresta morta. Assim que conseguirmos virar essa chave, a floresta não será vista no Brasil pela sociedade local como um problema, um obstáculo ao desenvolvimento, mas sim, como uma grande oportunidade", disse o governador.
Pecuária sustentável - Participando do painel sobre sistemas alimentares e sustentabilidade, o governador Helder Barbalho defendeu ainda, a transformação das práticas de uso do solo com foco na produção de alimentos de forma mais sustentável e destacou o compromisso do Pará com a diversificação dos sistemas alimentares.
"É muito relevante discutir a questão agroalimentar e a questão produtiva na Amazônia. Nós temos debatido e construído dentro de uma dinâmica de preservação do nosso estoque florestal o melhor uso das áreas antropizadas no estado. Nós partimos do princípio de que o Pará não precisa derrubar uma árvore sequer para continuar sendo protagonista do processo de segurança alimentar, valorizando as vocações do Brasil e do nosso estado em produzir alimentos", explicou Helder.
O governador aproveitou para reforçar que "o Pará já é líder no cultivo de açaí, de abacaxi, de dendê, de mandioca, de cacau, e nesse caso somos o maior do Brasil". "Temos uma grande experiência de restauro, portanto temos uma diversidade e temos feito regularização ambiental, regularização fundiária, crédito, oferta de maquinários, melhoramento de solo, incrementos agrícolas, e o desenvolvimento de oportunidades", destaca.
Helder Barbalho também reforçou ainda a implementação, por meio do Banpará, de uma linha de crédito para propriedades rurais. "No Branco do Estado do Pará temos uma linha de crédito específica chamada Banpará Bio, que olha para propriedades de 50 e 100 hectares para estimular essas atividades produtivas".
Sobre o evento - O Fórum é um evento oficial do G20 Social e o está sendo organizado conjuntamente pelo Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.
Lançado durante a COP28, em Dubai, junto ao Ministério da Fazenda, o fórum reúne integrantes do setor privado nacional e internacional, coalizões empresariais que impulsionam a transformação ecológica, academia, sociedade civil, filantropia, e organismos multilaterais econômicos e de financiamento.