Planejamento estratégico Pará 2050 trabalha 'Visão de Futuro' em oficinas coletivas
Evento segue até quinta-feira (29) com a participação de representantes do setor público, do setor privado e da sociedade civil organizada
O governo do Pará vem sendo pioneiro entre os Estados da Amazônia na união de esforços para garantir um desenvolvimento amazônico justo, equilibrado e colaborativo. O Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará (Pará 2050), lançado em janeiro de 2023, é uma das principais iniciativas do governo para a construção de um futuro sustentável.
Atualmente, o planejamento está em sua quarta fase. E dando continuidade às próximas etapas, a partir de hoje e até esta quinta-feira (29), acontecem oficinas para o alinhamento institucional, elaboração do documento de visão de futuro, objetivos estratégicos indicadores e das diretrizes estratégicas, que nortearão as mudanças nas bases sociais, econômicas e ambientais do Estado do Pará.
"O projeto Pará 2050 pensa o Pará Grande dentro de um novo contexto, unindo o desenvolvimento com sustentabilidade, projetando o Pará dentro de todas essas novas diretrizes desta gestão que desde 2019 vem buscando dar mais eficiência, respeitando o meio ambiente, e buscando essa integração perfeita entre aquilo que a gente faz com a valorização da floresta e de todo o processo de sustentabilidade. Pensar o Pará 2050 é garantir que todos os avanços conseguidos por todas as áreas neste período de 2019 para cá, possam estar como políticas públicas concretas para além de qualquer gestão. Então esse é um grande legado que o governo do Pará com certeza vem trabalhando para deixar instituído como gestão eficiente e desenvolvimento com sustentabilidade", falou Elieth de Fátima Braga, Secretária de Planejamento e Administração.
A programação desta terça-feira (27), contou com apresentação da Secretária Adjunta de Planejamento e Orçamento (SAPOR), Nazaré Nascimento, onde foi apresentado a fundamentação legal do Planejamento de longo prazo (Pará 2050), seguida pela apresentação da construção de visão de futuro, e a apresentação da metodologia e dinâmica dos trabalhos, além do início dos grupos que serão trabalhados durante os três dias de evento.
Marcel Botelho, presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), destacou a importância de estar avançando mais uma etapa do planejamento estratégico.
"O planejamento estratégico precisa ser do Estado e de todos nós e para isso, o envolvimento, engajamento e a sinergia entre as diferentes secretarias é muito importante. Este é um passo decisivo para o Pará 2050, onde iremos trazer diferentes olhares e começar a fazer a conversão e a convergência de todos esses pensamentos para o que nós realmente queremos para o Pará em 2050. Então agora a gente começa a enxergar o todo, estávamos trabalhando isoladamente nas partes e essa é a oportunidade de cada um trazer as suas ideias para que possamos discuti-las amplamente", contou Marcel Botelho.
Essa nova fase da elaboração foi resultado de etapas que tiveram como finalidade a Avaliação Situacional do Estado e das 12 Regiões de Integração, a Elaboração de Cenários e um amplo processo participativo de Escuta Social.
"Esta quarta etapa representa a conclusão de uma análise abrangente que incorporou planos estratégicos das secretarias, teses de doutorado de universidades, experiências em viagens pelo interior, insights de consultas públicas e contribuições de relatórios e trabalhos da equipe da Fadesp, professores e câmaras técnicas. O evento será dividido em três níveis de trabalho, nos quais colaborativamente iremos elaborar uma visão de futuro que engloba a sociedade civil, seja estratégica e tenha uma base sólida. A intenção é construir, com base nesse vasto conjunto de informações, uma visão estratégica para o Estado", explicou Josep Vidal, coordenador da equipe técnica do Pará 2050.
O planejamento a longo prazo ressalta o papel do Governo na coordenação, indução, execução e fomento das políticas públicas, possibilitando a implantação de ações que priorizam a desconcentração espacial das atividades econômicas e o melhor aproveitamento das potencialidades locais e regionais do Estado, enfatizando o desenvolvimento territorial sustentável. O projeto é composto por 11 planos setoriais estaduais e 14 nacionais, e objetiva entregar ao todo, 21 produtos e 15 relatórios de status mensais, totalizando 36 itens, alguns deles ainda em construção.
Wanderclay Nascimento, coordenador da Câmara Técnica de Saneamento para Pará 2050 e diretor de Saneamento Ambiental da Secretaria das Cidades e Integração Regional (SECIR), conta sobre o processo de construção do plano de saneamento do Estado, ligado ao Pará 2050.
"A visão de futuro para um horizonte de 25 anos é um projeto grandioso onde visamos realmente produzir políticas para o crescimento e desenvolvimento econômico e ambiental no saneamento básico do Estado. Estamos trabalhando diretamente a universalização da água e do esgotamento sanitário, onde teremos a legislação 14.026, que é o novo marco do saneamento, como norte nas ações da Câmara Técnica. E para estar desenvolvendo um produto integrado com a sociedade civil e os demais atores, nós estaremos em todas as regiões de integração, levando propostas, debates, e construindo coletivamente esse grande projeto", informou o diretor.
Com o objetivo de discutir ações integradas entre as diferentes áreas governamentais para a construção de políticas públicas eficazes e sustentáveis. Nas semanas anteriores a Seplad realizou reuniões de alinhamento de ações entre órgãos integrantes das Câmaras Técnicas (CT) de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Saneamento Básico e Ciência, Tecnologia e Inovação.
O evento seguirá até a próxima quinta-feira (29), trazendo discussões acerca das estratégias elaboradas para o plano, participação de autoridades e mais de 150 instituições públicas e representantes da sociedade civil.
