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Em Colares, Instituições de Saúde são homenageadas em Bloco de Carnaval PcD 

'Bloco Tratamento Fora do Domicílio (TFD) na Folia quebrou os paradigmas e levou para as ruas pessoas com deficiência (PcD) que se divertiram com a folia

Por Pallmer Barros (CIIR)
14/02/2024 09h02

Equipes e pacientes do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) e Fundação Santa Casa brincam em bloco inclusivoCom o tema “A Cura através da Alegria”, o “Bloco Tratamento Fora do Domicílio (TFD) na Folia” quebrou os paradigmas e levou para as ruas do município de Colares, no nordeste paraense, Pessoas com Deficiência (PcD) que ganharam espaço na avenida conquistando inclusão na maior festa cultural do país.

O Abre-alas composto somente por PcD’s que deixam a cidade todos os dias para realizarem tratamento de saúde em instituições do Governo do Pará, especialmente, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, o ‘Bloco Inclusivo’ levou para as ruas da cidade junto a usuários da rede pública, cerca de 500 foliões entre amigos e seus familiares. 

Cerca de mil pessoas, entre amigos e familiares dos pacientes se divertiram para valer nas ruas de ColaresO grupo carnavalesco foi criado às vésperas do Carnaval de 2024 em uma das viagens, segundo o idealizador, o motorista que conduz a van com os usuários para os atendimentos na rede pública em Belém, Paulo Roberto Reis, de 39 anos, que destaca a ideia ser homenagear os atendimentos recebidos e os profissionais das intuições pelos desempenhos realizados. 

“Através da cultura popular brasileira, é uma forma simpática de agradecer pelos serviços prestados aos usuários da rede pública. Em todas as unidades que os levo, são bem recebidos e o tratamento é ofertado da melhor forma possível”, pontua o organizador do Bloco. 

Entre os entusiasmados foliões estava a usuária do CIIR, Maria dos Reis, de 64 anos, que é atendida na instituição há quatro anos, enfatiza a sua satisfação na instituição após receber o diagnóstico de Ataxia Cerebelar. 

“O CIIR devolveu a minha autoestima após os acompanhamentos na reabilitação. Não conseguia vestir roupas; nem forças para segurar um copo. Obrigado CIIR, por ter renovado a minha vida. Voltei a caminhar e a sorrir. Quando recebi o diagnóstico da doença, eu fiquei desaminada, mas ao longo dos atendimentos, resgatei a autoestima com o suporte da equipe multiprofissional. Hoje, realizo apenas consultas médicas e ganhei alta da reabilitação e estou recuperada”.  

Nazaré Monteiro homenageou profissionais da Fundação Santa Casa, como o médico Rafael GarciaDentre os profissionais celebrados na avenida estivera o médico Rafael Garcia, que atua na Fundação Santa Casa do Pará, acompanhou a evolução do quadro clínico de Nazaré Monteiro, 48 anos, que recebeu alta hospitalar após recuperar-se do diagnóstico de Neoplasia Maligna. 

“Agradeço muito a Deus pelo serviço de saúde que recebi na Santa Casa e pela competência do médico Rafael (Garcia) e, em especial, ao programa TFD, que sem todo este suporte, eu nem sei o que seria da minha saúde. São valiosos para mim”, enfatiza.

Paulo Roberto conta que pôr o Bloco nas ruas de Colares foi um desafio, “porque a gente não tinha recursos financeiros para customizar abadá, carro-som, adereços... Com o apoio da prefeitura local e voluntários, o projetou conseguiu sair do papel e foi um sucesso na prática”. 

O organizador pontua a importância da inclusão social em vários seguimentos da sociedade, inclusive, no Carnaval. “Conosco, existiam pessoas com variados diagnósticos. Foi um evento bem democrático. Todos tiveram a oportunidade de diversão. Logo, esse foi o intuito. Gratificante saber que as pessoas aderiram mesmo com todas as dificuldades, seja financeira e até física, pois havia participante pessoa usuária de cadeira de rodas, sem a cadeira; ou quebrou no meio do caminho, porém, conseguimos fazer com que todos participassem e o momento ser humanizado”. 

Além do CIIR e da Santa Casa, entre as intuições homenageadas destacam-se os hospitais Jean Bitar, Abelardo Santos e Ophir Loyola, além da Policlínica Metropolitana. Cada unidade e alguns profissionais foram celebrados em placas escrito seus respectivos nomes.   

Rosimare Gonçalves é assistida pelo Hospital Jean Bitar (HJB) e homenageou a unidade hospitalar: "Sou grata", disse elaRosimare Gonçalves, de 51 anos, é usuária do Hospital Jean Bitar (HJB) e levou para a avenida a gratidão. “Sou grata a todos os profissionais do hospital e, por isso, fiz questão de os homenagear na avenida escolhendo alguns para representá-los (As médicas reumatologistas Carolina Kahwage e Thayana Kajitani; e a pneumologista, Roberta Kahwage) por todo o acolhimento que recebo, semanalmente. Ter participado do bloco foi incrível. Estou grata em ver a inclusão, por exemplo, de meus amigos cadeirantes em um bloco de Carnaval; foi emocionante”, detalha a colarense que realiza acompanhamento de Lúpus, no HJB. 

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER). 

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações pelo telefone: (91) 4042-2157/58/59.