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SAÚDE PÚBLICA

Estado discute ampliar ações de saúde para comunidades quilombolas no Pará

Gestores da Sespa e Seirdh se reuniram com diversas instituições e movimentos sociais para o planejamento e alinhamento de estratégias no fortalecimento da saúde da população negra e quilombola

Por Governo do Pará (SECOM)
29/01/2024 15h10

A primeira reunião de 2024 do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Saúde da População Quilombola do Pará ocorreu na manhã desta segunda-feira (29) no auditório da Escola Técnica do SUS (Etsus). Na reunião foi discutida a Atenção Básica em territórios quilombolas, visando ao mapeamento populacional e à descentralização do atendimento de saúde.A fim de priorizar a equidade, o Grupo de Trabalho debateu sobre a importância de envolver os Hospitais Regionais do Estado no atendimento prioritário para a população quilombola, visando a descentralização do acesso à saúde, evitando assim longos deslocamentos até os centros de atendimento.

Gestores de órgãos estaduais atuam com a Malungo para melhorar a assistência em saúde dos quilombolas

Pedro Cavalero, diretor de Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), participou por meio digital, e disse que o órgão faz a intermediação das proposições da sociedade civil com as demais secretarias do Estado. “É necessário descentralizar o atendimento, chamando os municípios e os hospitais regionais para essa luta. E isso a Seirdh irá fazer com seus gestores municipais, visando dar mais celeridade ao atendimento”, afirmou.Houve ainda uma análise regional das comunidades quilombolas. O Estado foi dividido em cinco regionais: Regional Tocantina, Regional do Marajó, Região do Baixo Amazonas, Nordeste Paraense e Regional Guajarina. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essas regiões têm 129.932 quilombolas.

O encontro visa aprimorar a assistência à saúde e destinar recursos às demandas dessas populações. “A reunião é de fundamental importância para garantir o direito à saúde da população quilombola. É importante a gente institucionalizar esses processos para garantir os direitos da comunidade que precisa de leitos, exames de laboratório e diversas políticas públicas”, disse Valberto Maia, gerente de Políticas para Quilombolas da Seirdh.Realidade - A reunião mostrou a complexidade e os desafios específicos de cada região quilombola no Pará. A riqueza cultural é destacada como patrimônio a ser preservado, e a união de esforços com as secretarias municipais e estaduais, e o Movimento Social Malungo, busca promover um futuro mais inclusivo para as comunidades quilombolas.A Sespa, por meio da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (CESIPT), reforça o comprometimento contínuo com a saúde e bem-estar dessas populações. Novas reuniões foram propostas para regulamentar fluxos, realizar campanhas preventivas e debater com especialistas, como Lorena Alves, técnica em Antropologia da CESIPT, e Tatiany Peralta. “É importante alinhar com as outras secretarias, outros órgãos envolvidos, a melhor forma de poder atendê-los, porque isso não era institucionalizado. Hoje, já temos uma regulação que funciona dentro da Sespa para que possamos atender às demandas”, informou Tatiany Peralta, coordenadora da CESIPT.
 
Lorena Alves também ressaltou a importância de institucionalizar os processos. “Esse grupo de trabalho surgiu no contexto da pandemia de Covid-19. A partir de então, a gente entendeu que precisava continuar para fortalecer os instrumentos de saúde dessa população. No ano passado, a CESIPT passou a realizar ações de saúde em diversas comunidades quilombolas. É importante institucionalizar esses mecanismos, para que as ações e as estratégias permaneçam e os instrumentos sejam aprimorados cada vez mais”, acrescentou.

Texto: Bianca Botelho - Ascom Sespa