Ideflor-Bio faz balanço e alinha estratégias para proteção da biodiversidade em 2024
Órgão ambiental do Governo do Pará prepara uma série de ações até a COP 30, que será realizada na capital paraense, em 2025
Com o objetivo de avaliar as ações realizadas este ano e alinhar as estratégias para 2024, a Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) promoveu, nesta quinta e sexta-feira (14) e (15), respectivamente, reuniões com dirigentes e toda equipe técnica do departamento.
Com o anúncio da capital paraense como sede da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, em 2025, o órgão ambiental do Governo do Pará planeja ampliar e reforçar suas ações voltadas à proteção da diversidade biológica, em todo o Estado, até a realização do evento.
O titular da DGBio, Crisomar Lobato, conduziu a reunião e avaliou o desempenho das atividades voltadas à manutenção da biodiversidade. Entre elas, destaca-se a elaboração de estudos para a recategorização e criação de Unidades de Conservação (UCs) estaduais, a exemplo da Estação Ecológica do Mamuru, criada em setembro deste ano na região oeste do Pará.
Outra ação relevante foi a elaboração da Lista das Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Pará. Há 16 anos sem receber atualização, o levantamento permitirá identificar quais espécies estão em risco e, assim, direcionar esforços para sua preservação e recuperação. Com recursos viabilizados pelo Ideflor-Bio, os trabalhos são realizados por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), com o apoio da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).
Além disso, o Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, conduzido pelo Ideflor-Bio, em parceria com a Fundação Lymington, terá continuidade em 2024. Essa iniciativa busca reintroduzir e monitorar a ararajuba, uma espécie de ave ameaçada de extinção, contribuindo para sua preservação e repovoamento na região.
Outro atividade que receberá atenção do Instituto é o Projeto de Apoio à Gestão e à Restauração Florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá. Em setembro deste ano, foi firmado um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Ideflor-Bio, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento do Governo Francês (Cirad), para fortalecer organizações indígenas para atuarem na restauração florestal e na rede produtiva de mudas e sementes, a fim de consolidar a cadeia da bioeconomia no Pará.
Por fim, também foram discutidas ações de educação ambiental, como capacitação de profissionais e incentivo à pesquisa científica na área da biodiversidade. Todas essas ações visam a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, garantindo a preservação da rica biodiversidade do Pará.
Ao final do encontro, Crisomar Lobato, ressaltou a importância dessas ações para a proteção da biodiversidade e destacou o compromisso do Ideflor-Bio em promover ações efetivas para a preservação ambiental. “Estamos empenhados em desenvolver projetos que conciliem o desenvolvimento socioeconômico com a conservação da nossa biodiversidade. Com a união de esforços, tenho certeza de que alcançaremos resultados significativos”, afirmou o diretor.
