Agentes da Base Fluvial apreendem mais de 800 metros cúbicos de madeira no Marajó
A Operação “Jaburu” reuniu agentes de vários órgãos na apreensão da madeira irregular, uma empurradeira e duas balsas
Agentes verificaram a documentaçãoDurante ação integrada das forças de segurança pública e de agentes de fiscalização que atuam na Base Integrada Fluvial “Antônio Lemos”, em Breves, na área ocidental do Arquipélago do Marajó, foram apreendidos 827 metros cúbicos (m³) de madeira em tora (metragem obtida após os procedimentos de cubagem da madeira), uma empurradeira e duas balsas de transporte, neste sábado (9).
A apreensão ocorreu no Rio Vira Saia, durante a Operação “Jaburu”, deflagrada para coibir atos ilícitos nas rotas fluviais alternativas que ligam o Rio Amazonas ao Estreito de Breves.
Os agentes faziam as rondas de fiscalização nos rios que circundam a Base Fluvial quando avistaram a embarcação (EM) “Gustavo Márcio” e as balsas “Rosinha de Roraima” e “Dona Zilda”, que haviam saído do município de Prainha, na região Oeste, com destino a Santa Bárbara do Pará, na Região Metropolitana de Belém. Durante a inspeção pelos policiais militares e agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foi constatada a divergência na quantidade de toras de madeira, sendo um número maior do que especificava a nota. Diante dos fatos, o empurrador foi conduzido ao município de Portel, também no Marajó, para os procedimentos cabíveis.As toras de madeira que saíram de Prainha com destino a Santa Bárbara do Pará
Êxito - O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, reforçou a importância das ações nos rios e o maior êxito a partir da implantação da Base Fluvial, que fortaleceu ainda mais as operações.
“Desde a implantação da Base, a cada semana temos vivenciado resultados positivos nas ações executadas nos rios da nossa região. Esse ano foram mais de 10 ações, que resultaram na apreensão de entorpecentes, por exemplo. A cada fiscalização realizada, onde algo ilícito é identificado, imediatamente é tirado de rota, seja madeira ilegal, entorpecentes, pescado, e ainda pessoas com mandados judiciais em aberto. Nós seguiremos atuando firmemente para que essa rota no Marajó tenha cada vez menos ilícitos, e possamos reduzir os indicadores de criminalidade”, afirmou o titular da Segup.Força-tarefa responsável pela fiscalização e apreensão da madeira ilegal
A Operação Jaburu foi deflagrada neste sábado (9) e prossegue nos próximos dias, com o objetivo de interceptar todas as rotas do tráfego fluvial que ligam o Rio Amazonas ao Estreito de Breves, impedindo a fuga de autores de delitos durante as ações.
Presença policial - De acordo com o titular do Grupamento Fluvial de Segurança (GFlu), delegado Arthur Braga, a apreensão é resultado da presença dos agentes de segurança pública que atuam na Base Integrada Fluvial, e das ações permanentes, que a cada mês são intensificadas, a exemplo da Operação Jaburu.
“A equipe que atua na Base efetuou mais uma apreensão importante, no âmbito das causas ambientais e proteção da Amazônia. Diligências são realizadas diariamente, e nesta obtivemos êxito enquanto a embarcação seguia de Prainha para Santa Bárbara. A tripulação e as embarcações foram encaminhadas para Portel, e os procedimentos cabíveis serão realizados pelos órgãos competentes. Nós seguiremos com a operação, com uma forte fiscalização na área para coibir essas práticas criminosas”, afirmou o diretor do GFlu.
Integraram a operação 38 servidores da Segup, por meio do GFlu; policiais militares e civis; agentes do Corpo de Bombeiros Militar, das secretarias de Estado da Fazenda (Sefa) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), e da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará).
Além da Base Fluvial instalada na margem direita do Rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, mais três embarcações integram as ações: as lanchas LV Aruanã 29, LAR e Ventania.
* O número exato de toras apreendidas foi informado na tarde deste domingo (10).