Em 2023, Seap promove 22 cursos de qualificação para mais de 1.300 servidores

O Relatório dos Cursos Ofertados e Concluídos em 2023 pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Escola de Administração Penitenciária (EAP), aponta que mais de 1.300 servidores participaram de um dos 22 diferentes cursos ofertados pela Escola em 2023. Isso representa um crescimento de quase 90% no número de participações, em comparação a 2022. Os investimentos na formação e qualificação dos servidores da Secretaria devem aumentar em 2024.Curso de defesa pessoal para policial feminina

No ano passado, com a realização do Curso de Formação para 1.897 policiais penais aprovados no concurso C-208, realizado em 2022, o número de servidores inscritos nos cursos chegou a 2.589. Destes, apenas 692 não fizeram o curso de formação. Em 2023, até o momento 1.308 servidores se inscreveram nos cursos da EAP. Considerando que este ano não teve curso de formação de policiais penais, significa um crescimento de quase 90% no número de participações nos cursos.

Paulo Cunha, diretor da EAP, confirma o crescimento na busca por aperfeiçoamento e qualificação dos servidores. Segundo ele, a atual gestão apoia e incentiva o aprimoramento dos policiais penais e demais servidores da Seap.

O diretor ressaltou que “é a missão da EAP focar cada vez mais na formação, na qualificação dos nossos policiais penais e de todos os servidores”.

A oferta dos cursos permite o constante treinamento e melhor orientação no trabalho operacional nas unidades penitenciárias, afirmou Paulo Cunha. Os cursos abrangeram desde capacitação em brigada de incêndio à capacitação no tratamento com o público LGBTQIAPN+, passando por instrução de tiro, gestão de unidades policiais e procedimentos administrativos. Houve ainda uma turma de defesa pessoal feminina.

Qualidade - De acordo com o titular da Seap, Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, o servidor da Secretaria recebe treinamento direto da fonte sobre as melhores práticas existentes no Brasil. “É um investimento para a Seap, e acaba repercutindo na sociedade em geral porque assim a gente consegue manter a segurança, a tranquilidade do cárcere, porque nós temos os policiais penais bem preparados e bem treinados”, afirmou o secretário.

Paulo Cunha destacou que neste ano foram criadas três novas turmas para o Curso Operacional de Busca e Recaptura, com 39 concluintes, o que resultou no aumento do efetivo do Grupamento de Busca e Recaptura (GBR), antigo Cobra. O mesmo ocorreu com a criação do I Curso de Ações Penitenciárias (CAP), cujos 32 concluintes agora integram o Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), elite da força policial da Seap.

 Em novembro foi iniciado o II Curso de Operações Penitenciárias (II Cope). A formação composta por policiais penais e militares tem duração de dois meses. Após a formação, os novos membros do Cope vão atuar nas unidades penitenciárias. “A Seap, com aval do nosso secretário, investe muito na formação. É a diretriz para que estejamos atentos, formando e realizando cursos. É para os nossos policiais penais, para nossos servidores, que eles possam exercer com qualidade e eficácia suas funções nas unidades penais. Isso permite agir de forma padronizada em todo o Estado, e agir de forma correta, como preconiza o Manual de Procedimentos Operacionais, em obediência à Lei de Execuções Penais”, disse o diretor da EAP.

Currículo – Paulo Cunha destacou também que o investimento promovido pela Seap é importante também para as carreiras dos servidores, já que recebem certificados dos cursos concluídos, enriquecendo os currículos. O servidor ainda amplia seus conhecimentos, se tornando um profissional mais eficiente, disse Paulo Cunha.

“Isso só se adquire com experiência prática e conhecimento empírico, mas também com conhecimento técnico, filosófico, científico. É isso que a EAP se propõe a fazer; passar o conhecimento para os nossos servidores. Por isso, a Escola adota as melhores práticas de formação”, garantiu o diretor.

Parcerias – Para aprimorar seus servidores, a Seap conta com a parceria de outras instituições na realização dos cursos. Essas parcerias envolvem a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Científica e até a Aeronáutica. A Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, é uma das parcerias mais constantes, assim como a PM, que cede instrutores para ministrar os cursos.

O Instituto de Ensino de Segurança do Pará (Iesp) é outro parceiro da Seap, já que a Secretaria integra o Instituto. A sede do Iesp abrigou os candidatos aprovados no último concurso para policiais penais, durante parte do período de formação.

É no Instituto que a EAP busca instrutores das polícias Civil e Militar cadastrados e disponíveis para ministrar cursos. Instrutores da Seap também estão cadastrados no Iesp. “Essas parcerias são superimportantes porque nós trocamos experiências, e vêm com muita boa vontade, trazendo muito conhecimento, muita garra, para poder dar as melhores instruções. Da mesma forma, nossos instrutores são chamados para dar curso em outras instituições”, informou Paulo Cunha.

Ele destacou ainda que os cursos oferecidos na EAP têm matérias de um currículo já testado, aplicado nacionalmente. “É uma grade curricular testada, e sabidamente eficiente, em várias partes do Brasil. Aqui, a gente também emprega conhecimento nosso. Nós temos instrutores da própria Seap. A gente também dissemina o conhecimento dentro das experiências já adquiridas no próprio Estado”, garantiu.

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