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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Em evento internacional, Emater dialoga sobre incentivo a pescadores artesanais

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) atua com o segmento em 65 municípios paraenses, entre outras cadeias produtivas

Por Ascom (Ascom)
05/12/2023 12h27

Nesta terça-feira (5), último dia do Internacional Congress & Expo Fish Brasil (IFC Amazônia), na capital do Pará, Belém, a programação destaca o trabalho que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) promove com milhares de pescadores artesanais em 65 municípios paraenses, sobretudo no Arquipélago do Marajó; no nordeste estadual; na região do Salgado; e na Região Metropolitana. 

No painel "Acesso ao Crédito e Extensão Pesqueira para a Organização Produtiva e Melhoria de Renda dos Pescadores", a engenheira de pesca Cleide Marques, mestra em Biologia Ambiental e doutoranda em Ciência Animal, do escritório local da Emater, em Abaetetuba, na região do Tocantins, destacou as abordagens úteis e adequadas para famílias ribeirinhas com baixo nível de escolaridade, no que diz respeito a crédito rural e acesso às políticas públicas. 

A cadeia produtiva, por exemplo, demanda recursos para a aquisição de embarcações de pequeno e médio portes e garantia de documentação cidadã tanto para cada indivíduo, quanto para cada propriedade. 

O Painel também teve a participação do professor Breno Portilho, da Universidade Federal do Pará (Ufpa). A coordenação foi do professor Aldi Feiden, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

“A ater (assistência técnica e extensão rural) para a pesca artesanal consiste em metodologias próprias, que consideram o meio onde os pescadores vivem, os recursos naturais disponíveis, o nível de compreensão de linguagem técnica, a adequação ambiental, entre outros fatores. É um processo educacional do nosso lado e do lado dos pescadores: de educação informal e continuada”, explica Marques.

Uma das estratégias de abordagem seria o diagnóstico rural participativo (drp), pelo qual os pescadores expressam-se verbalmente, comunicam suas necessidades e interesses e compartilham experiências: “E, na oportunidade, o papel da Emater é subjacente: o protagonista é o agricultor familiar, o ator principal, a voz ativa”, detalha.

IFC Brasil (International Fish Congress & Fish Expo Brasil) 

Desde domingo (3) até esta terça-feira (5), mais de duas mil pessoas de todo o Brasil e de várias partes do mundo encontram-se reunidas no Hangar - Centro de Convenções da Amazônica para conhecer as inovações tecnológicas e debater questões socioculturais sobre o setor de aquicultura e pesca.  

O evento é uma realização do IFC Brasil (International Fish Congress & Fish Expo Brasil), com o apoio da Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação) e patrocínio inclusive do Governo do Pará. 

Estão presentes dezessete especialistas da Emater, entre técnicos em aquicultura e engenheiros de pesca. Os grupos atuam em municípios de eminente atividade, como Melgaço, no Marajó.

Linha-de-Frente 
Em Melgaço, o escritório local da Emater planeja, a partir do ano que vem, direcionar atendimento para pelo menos dez famílias que desejam começar a cultivar espécies como tambaqui em tanques escavados e para 200 famílias que já pescam espécies como dourada nos rios Amazonas e Tajapuru. 

“No contexto da agroecologia, são projetos de segurança alimentar e nutricional e geração de trabalho e renda. Vislumbramos, a princípio, crédito da linha Mais Alimentos do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]”, aponta o chefe do escritório local da Emater em Melgaço, José Nilton Silva.

Texto de Aline Miranda