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Estudantes da rede estadual de Castanhal realizam simulação da COP 30

A programação envolveu 256 alunos e teve como foco dinamizar a prática pedagógica, estimulando a ampliação do repertório de experiências nas diversas áreas do conhecimento

Por Bruno Magno (SEOP)
01/12/2023 16h16

Com o tema "Comunidade Sustentável: a escola como ponto de partida para uma sociedade mais consciente", a Escola Estadual Professor Paulo Cesar Coutinho Rodrigues, em Castanhal, na Grande Belém, encerrou nesta sexta-feira (01) a COP Simulada e a Mostra EMTI 2023. A programação envolveu 256 alunos e começou na última quarta-feira (28).

O evento teve como objetivo dinamizar a prática pedagógica, estimulando a ampliação do repertório de experiências nas diversas áreas do conhecimento. Além disso, o evento teve como finalidade incentivar as competências e habilidades fundamentais do crescimento humano, entre elas, a argumentação, oratória, fluência verbal, resolução de conflitos, empatia, confiança, respeito e trabalho em equipe. 

A programação iniciou com uma simulação da COP 30, que acontece em novembro de 2025 na capital paraense, Belém, em que os estudantes tiveram uma experiência da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Na ocasião, os estudantes assumiram papéis de representantes políticos dos países que estarão presentes na conferência e simularam o debate acerca da questão das mudanças climáticas.

"É muito importante discutirmos sobre as questões climáticas e ambientais dentro da escola, já que é esse o ambiente de fortalecimento para os debates e nessa COP Simulada, ela tem um leque de possibilidade de desenvolvimento humano. Nós sabemos que com a chegada da COP 30, há essa necessidade de publicizar essas informações acerca desse evento tão importante que acontece no nosso Estado. Então, foi com esse propósito que realizamos este evento", disse Solange Monteiro, diretora da unidade. 

As produções e os trabalhos desenvolvidos pelos alunos do Ensino Médio de Tempo Integral, durante três dias, envolveram temas de acordo com as áreas de conhecimento. Divididos em Matemática e suas tecnologias, onde foi trabalhado o uso de tecnologia e jogos no ensino da matéria, além do torneio de futebol de robôs. A outra área foi Ciência da Natureza e suas Tecnologias, na qual envolveram temáticas sobre o protagonismo juvenil e impactos ambientais. 

"Quando a gente estuda a parte científica e faz a pesquisa, nós temos uma noção das coisas, já que estivemos nos locais, entrevistamos moradores da região, isso pra mim foi a parte mais especial. Ver a realidade do lixão no município. No geral, todo mundo esteve engajado para executar o seu trabalho. Com a simulação aprendemos junto aos representantes políticos que estiveram na escola, principalmente sobre assuntos relacionados ao aterro sanitário", conta Hayrla Garcia, aluna do 2° ano do Ensino Médio. 

Dentro da área de Linguagem e suas tecnologias, o tópico foi sobre espaços Re-criativos. Na Linguagem e suas tecnologias e Ciências das Natureza e suas tecnologias, o assunto abordado foi criar, reutilizar e conscientizar através da produção artística. Já na Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a equipe falou sobre a análise das influências dos impactos ambientais na região Amazônica.

"Nosso trabalho é mais uma reflexão do que nós preferimos, se é uma Amazônia em pé, viva, ou devastada. Para isso montamos duas maquetes em que são representadas a floresta em pé e a morta. O grupo todo pode aprender a importância de preservar, e que todo esse debate não é uma coisa inútil. Isso é muito importante, principalmente para a gente que vive na Amazônia", disse Ítalo Nascimento, aluno do 1° ano do Ensino Médio. 

"Cada nacionalidade e povo tem um costume. Então a gente teve que ir atrás desses povos, por exemplo os catadores de castanha, que não faziam as mesmas coisas que os indígenas. Todos têm o mesmo motivo e observação, que é cuidar da Amazônia, mas nem todos são iguais. Então, há uma diferença entre esses povos. O relógio das águas que criamos, nos dá uma balança igual para todos os povos, já que todos necessitam de água e todos necessitam da Amazônia. Então a gente fez esse relógio, construiu tudo isso, em um único motivo, salvar os povos das águas", reforça Samuel Silva, aluno do 2° ano do Ensino Médio. 

Educação Ambiental - A programação está dentro da Política Pública para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima, que ofertará o componente curricular sobre o tema, de forma obrigatória na rede estadual de ensino, e contará, ainda, com descentralização de recursos para as escolas a partir do programa Dinheiro na Escola Paraense. O Governo do Estado, como forma de política de incentivo, vai considerar como novo componente de repartição dos 8% do ICMS Verde, a partir da adesão à educação ambiental para o meio ambiente, sustentabilidade e clima inserida de forma obrigatória na matriz curricular dos municípios.

"É muito importante ter essa disciplina trabalhada na escola para termos um pensar que a natureza é viva junto com a gente, que a gente vive com ela, que ela dá o nosso sustento, e nada melhor que retribuir esse nosso favor. Além disso, os estudantes aprendem a lidar com causas como estas que estão acontecendo pelo mundo", disse Miguel Ferreira, aluno do 1° ano do Ens. Médio. 

"Eles amam essa proposta de pesquisa científica, cultural, de participação, de estarem envolvidos e de fazer levantamento. Eles são completamente dedicados nessa parte. Para eles, o mais importante é não só a sala de aula, mas a sala de aula alinhada com essas temáticas", finaliza Elenice Ribeiro, professora de Biologia. 

Texto: Bianca Rodrigues / Ascom Seduc